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KASHRUT


Kashrut – Mitos e Verdades
Um Judeu Moderno deve manter o Kashrut?
Dennis Prager
A prática judaica mais amplamente mal entendida, senão considerada atualmente, de menor importância, é o kashrut. Apesar de ser muito conhecida entre os judeus, seu sentido é pouco conhecido, mesmo entre os judeus que o observam. É de se lamentar, porque é uma das práticas morais mais elevadas e significativas, e seu desaparecimento pode vincular-se diretamente ao da qualidade e quantidade da vida judaica.
São uma legião os equivocados. Os judeus que não observam o kashrut, acredita que esta é uma regra de saúde. E, desde que o governo inspecione a carne, supervisione a matança dos animais e utilize congeladores, não há razão para sua observância. Ironicamente, a atitude da maior parte dos judeus ortodoxos, que são a maioria dos seus adeptos, conduz à mesma conclusão. Enquanto negam a teoria do cuidado sanitário, mantêm firmemente que o homem não tem condições de entender o significado do kashrut, só Deus sabe. Portanto, a única razão para mantermos o kashrut é porque Deus ordenou. Para muitos judeus ter um motivo é estranho e também heresia. Consideram incrível que milhares de judeus como eu observem por motivos morais e nacionais obrigatórios.
Enquanto os não judeus, como aos que não são observantes, crêem que kasher significa saúde e limpeza. Crêem também que os rabinos bendizem as comidas para transformá-las em kasher. Milhões de americanos crêem que em alguma parte do país, os rabinos sentam-se em grupos e ante eles desfilam frangos e outros animais para serem benzidos.
Os erros sobre o kashrut não são isolados, mas sim parte de um erro maior ainda. A maioria dos judeus crêem, pelo menos implicitamente, que as leis judaicas constituem um código de saúde mais do que de moral. Acreditam que o princípio do kashrut foi prevenir a triquinosis e outras enfermidades, que a finalidade do Sábado é descansar um dia de cada semana, que a circuncisão é para ajudar a prevenir doenças venéreas. E há muitos outros problemas parecidos. Este conceito da lei judaica é errôneo como foi dito. Degrada ao judaísmo ao negar os propósitos morais de suas leis. É significativo de uma ineptitude ou pelo menos pela renúncia a conhecer a lei judaica em seu propósito: compilar nossa responsabilidade perante os outros, não somente os benefícios para nós.
A finalidade das leis do Sábado, por exemplo, não é o descanso, que poderia ser um significado acessório, mas que, segundo o quarto Mandamento, devemos “Fazer do Sábado um dia sagrado”. Se o propósito das leis sabáticas fossem somente o descanso, poderia se cumpri-las pelo ato de dormir desde Sexta-feira ao por-do-sol até o Sábado pela noite. Os rabinos e cantores que trabalham neste dia deveriam considerar-se em violação permanente. A aspiração das leis sabáticas é elevar a moral e santidade comunitária e não manter os judeus bem descansados.
O propósito principal do kashrut é elevar, igualmente, a moralidade e o sentido de santidade dos judeus. Quanto mais estudei este assunto, mais consegui venera-lo como fator principal, indispensável nos logros morais do povo judeu. Por ele, ademais de outras razões que se explicarão, creio que cada judeu que se preocupe com os problemas morais e a sobrevivência judaica, deve considerar seriamente manter o kashrut.
A primeira das leis dietéticas judaicas é a proibição de comer carne que contenha sangue. De acordo com o professor Milgrom, de Berkeley, cujo ensaio “The Biblical Diet Laws as na Ethical System”, colocou-me no caminho do kashrut. “Surpreendentemente nenhum dos vizinhos em Israel sabia desta absoluta e obrigatória proibição. O sangue em todas partes está integrando os alimentos. O homem tem direito ao alimento não sobre a vida. O sangue é símbolo da vida, por isso deve ser escorrido, devolvido ao universo, a Deus”. Não pode haver dúvida que a prática de escorrer o sangue de todo pedaço de carne consumida pelos judeus, durante milhares de anos, têm um profundo impacto moral. Ajudou a produzir extraordinária aversão à sede de sangue. Um exemplo da rara incidência de violência entre os judeus é a virtual ausência do gosto pela caça.
Com base nesta lei o judaísmo promulgou outra dietética de proteção ao animais da crueldade humana, a proibição de comer um membro arrancado de um animal vivo. Através da história, esta foi uma prática comum e o judaísmo não só dispôs sua proibição, mas também fez uma das sete leis morais as quais está sujeita toda a humanidade.
A consideração que segue sobre moralidade judaica com referência a alimentar-se de animais, constitui o significado moral essencial do kashrut. Mante-la é o compromisso judaico com seu ideal vegetariano. Idealmente o homem deveria limitar sua comida a frutas e vegetais, sem animais. No Paraíso, a representação judaica da utopia, foi ordenado ao homem ser vegetariano (Gênesis 1: 28-29). O futuro Reino de Deus na terra também é descrito como aquele em que todas as criaturas serão vegetarianas (Isaias 11: 7). A Torá (Deuteronomio 12:20) refere-se a que há de fazer-se concessões ao “desejo veemente” de comer carne. Com base neste versículo, o Talmud assinala: “A Torá ensina uma lição de conduta moral, de que o homem não comerá carne, salvo tenha um desejo veemente”. (Julin 84 a; Sanhedrin 59b, discute também o ideal vegetariano judaico).
Mas o judaísmo não legislou sobre seu ideal vegetariano. Há duas razões prováveis. Uma dieta vegetariana foi, se não impossível, difícil desde o ponto de vista nutritivo, e não haveria sido observada porque comer carne estava muito enraizado. Assim como a lei judaica não proibiu de todo outras práticas enraizadas, tais como o sacrifício de animais e a escravidão, tampouco proibiu, ainda que seriamente restringida e humanizada, a prática de comer carne.
O ideal judaico é não matar para comer. Este compromisso, conhecido como Kashrut, põe um limite estrito ao número de espécies animais que a lei judaica permite matar para comer, e legisla uma original maneira de matar aos animais permitidos. Este é o motivo pelo qual a Torá menciona a palavra santo, cada vez que menciona o kashrut.
Os animais permitidos, kasher, identificam-se por certas características. Um animal terrestre deve ser ruminante e de cascos partidos, um peixe deve ter  guelras e escamas e uma ave não deve ter presas. Desde que estas características determinam que animais são kasher, não se pode falar de um tabu judaico sobre o porco ou qualquer outro animal. O porco não é kasher somente porque não é ruminante; não porque é sujo ou qualquer outra razão. Para sublinhar este ponto, um comentarista medieval da Torá, em Or Hajaim, escreveu que “o porco é chamado chazir porque algum dia Deus voltará (iachazir) a permitir o porco!
Mas porque estas características? Ou, simplesmente, porque não outras? A resposta pode dar-se em forma de outra pergunta. Se elas foram invertidas ou totalmente distintas, não faríamos a mesma pergunta? É como perguntar porque a luz vermelha significa “pare” e a verde “siga”. Pode haver motivos psicológicos ou outros para a escolha destas cores, mas são irrelevantes para o propósito principal, de que as luzes do trânsito sejam feitas para guiar. Vermelho ou verde podem haver sido escolhidas arbitrariamente. De maneira similar, os sinais dos animais kasher podem ser considerados como selecionados arbitrariamente. Já que o objetivo do judaísmo é não permitir aos judeus matar a qualquer animal que desejem comer, devem ser escolhidos alguns símbolos de descrevam aos animais kasher e não kasher. Ao mesmo tempo, creio que há razões pelas quais podem ser diferenciados. Segundo assinalou Filon e comentaristas posteriores, provavelmente a Bíblia achou (nós não?) que o que a gente comia influía na nossa conduta. Por isso, a Torá proibiu aos judeus consumir animais que para alimentar-se matam a outros, de modo que não possamos ingerir o instinto assassino. Não é uma mera coincidência que todo animal kasher deva ser herbívoro e o que é carnívoro seja não kasher.
O passo seguinte da preocupação moral judaica na alimentação, é fazer a matança dos animais kasher o mais indolor e humana possível. Este e outros aspectos do kashrut serão expostos numa segunda parte.
Dennis Prager foi professor de História Judia e Religião na Universidade da Cidade de Nova York. É conferencista e membro da Escola de Assuntos Internacionais de Columbia.
Copiado do The Brandeis-Bardin Istitute, primavera de 1980

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Alimentação Kasher
Por Malkhut em 14/jul/2002 em Kashrut

O povo Judeu, em vários séculos de existência, procura através de sua alimentação, equilibrar o corpo, a mente e a alma.
Este trabalho teve por objetivo, diagnosticar os hábitos alimentares dessa cultura, bem como a interferência religiosa em sua alimentação, enfatizando o consumo alimentar. Foi utilizada metodologia descritiva exploratória, com análise e interpretação dos dados, em uma amostra de 55 indivíduos. Quarenta e sete por cento dos entrevistados seguem as Leis da Kashrut, e 53% não seguem. Dos que não seguem as leis 52% deve-se ao alto custo, não atendendo suas necessidades econômicas, 21% por ser de difícil utilização e 27% questionam a sua prática. Quanto aos indivíduos que seguem as leis 38% tem prevalência de hipertensão, 23% de cardiopatias, 30% de hiperglicemia e 9% de outras doenças, enquanto 17% não-kasher tem hipertensão, 37% sofrem de cardiopatias, 21% de hiperglicemia e 25% de outras doenças. O consumo de carboidratos na alimentação Kasher é em média de 265,5g (59%), 81g (18%) de proteínas e 46g (23%) de lipídios. Quanto aos minerais presentes na alimentação Kasher, destacam-se o  zinco (15mg), ferro (7,8mg), iodo (154mg), magnésio (322mg), cálcio (1000mg), fósforo (0,87g), selênio (65mg), sódio (5,7g) e potássio (3,98g).
[b]INTRODUÇÃO[/b]
Há mais de 2500 anos foi criado para os judeus o código rabínico-sacerdotal de leis e regulamentos dietéticos. As leis dietéticas, revelaram em toda a sua história a preocupação excessiva por parte dos judeus, na escala de valores religiosos. A Kashrut representa, no mínimo, uma regressão à prática primitiva do totemismo, com seus animais limpos e impuros; na melhor das hipóteses, dizem eles, essa observância ritualística deveria ser de menor importância no contexto dos valores religiosos sérios.
Desde a criação do mundo, do homem, da mulher a confiança em ambos depositada pelo Criador, logo definiu-se qual deveria ser o padrão de conduta para merecer o recebimento das bênçãos Divinas: um compromisso estabelecido, uma palavra dada sempre deve ser mantida. Essas idéias estão descritas na Torá (nome dado à Lei Mosaica e ao Pentateuco), a qual segue incontáveis exemplos, definindo uma visão de qual caminho  seguir e de como agir durante todos os anos da vida: os judeus devem ser o espelho de Deus aos olhos do mundo.
O judaísmo é regido por regras de moral e ética bem amplas e definidas, transmitidas através da Torá, e que abrangem todas as áreas da vida. Para um judeu ser religioso, ele precisa antes de mais nada ser ético, ou seja, aquele que pratica atos justos e bons. Essa é a marca que deve reger o comportamento de qualquer judeu em todos os campos, tanto nos relacionamentos interpessoais, com outros seres humanos, quanto em relação a Deus.
Um judeu sem ética não é considerado observante nem religioso, e apesar de cumprir cuidadosamente as leis do Judaísmo entre o homem e Deus, enquanto permanecer não-ético, também não chegará a entender que o Criador rejeita a observância de leis entre o indivíduo e Deus por aqueles que agem de forma imoral.
Aquele que é observante das leis entre o indivíduo e Deus, dedica cuidado especial às regras que regem a Kashrut, alimentação judaica, ou a suas preces. Por exemplo, deve dedicar a mesma atenção e ser minucioso ao tratar com educação e respeito seu próximo. A observância das leis entre pessoa-a-pessoa – amar ao próximo como a si mesmo, é uma mitsvá de tanto peso que deve ser levada à prática em todos os atos que interlaçam os relacionamentos humanos.
O termo hebraico Halachá, Código das Leis Judaicas, significa caminho. A Halachá fornece todos os instrumentos necessários para se chegar a um determinado lugar, que deve ser o da santidade, moralidade e ética. As Leis da Ética e conduta do povo judeu é o meio, mas depende exclusivamente de cada um para usá-lo da maneira certa para realmente tornar-se exemplos vivos da Torá, judeus verdadeiros, por dentro e por fora.
Leis Dietéticas[/b]
Tanto o Novo como o Antigo Testamento falam com freqüência sobre a alimentação do povo de Israel. Jesus, em suas parábolas, refere-se várias vezes ao ato de comer e beber e também aos costumes à mesa. Desde o milagre de multiplicação dos pães e dos peixes na última ceia, por exemplo, o alimento é lembrado durante toda a passagem ” Filho de Deus” pela terra (YISRAEL, 2000).
Sabe-se que, nos tempos bíblicos, a fome era uma realidade para a maioria do povo. A vida era muito difícil, havia escassez de água e comida, o clima na Palestina sempre foi impiedoso, e suas terras, pouco férteis. É daí que vem a grande importância dada à alimentação nos textos da Bíblia (YISRAEL, 2000).
O significado para as leis dietéticas do judaísmo é que a fome também pode ser transformada em um instrumento de cumprimento dos Mandamentos de Deus. Quando a comida é preparada e ingerida da maneira que o próprio Deus prescreveu em sua Torá (Bíblia dos judeus), estão servindo-o através da satisfação de sua fome. Não existe nada mais básico à vida do que comer e beber (ASHERI, 1995).
Segundo AUSUBEL, 1989, a palavra Kasher ou Kosher, como aparece no texto bíblico Torá, significa originariamente “adequado”,  “apropriado” ou “bom”, referindo-se ao alimento que deve ser ingerido.
Porém, ASHERI, 1995, fala que todo o tema dos alimentos que podem ser consumidos pelos judeus praticantes é denominado Kashrut, ou “qualidade de Kosher”. A palavra Kosher (ou Kasher) significa apropriado, aceitável ou ritualmente usável. Comumente, a palavra Kasher é aplicada a alimentos; o seu oposto é Tref, hoje em dia possui o sentido de não comestível para os judeus.
A parte integrante que torna diferente a comunidade judaica é a observância da Kashrut – as leis dietéticas. Antes de analisar seus fundamentos, é necessário saber quais são as próprias leis (ASHERI, 1995).
O alimento é dividido em três classificações, a carne e os alimentos que contêm carne (fleishig), o leite e os alimentos que contêm leite (milchig), e os alimentos que não contêm nem leite nem carne (pareveh) (ASHERI, 1995).
Os judeus podem comer carne de animais de sangue quente, que tenham cascos fendidos e ruminem, sendo eles as vacas, cabras e ovelhas. Cervos, alces, búfalos e outros também são Kasher, mas como tem de ser mortos conforme a lei judaica (Kashrut), é incomum encontrar estas carnes à venda nos açougues Kosher (ASHERI, 1995).
Animais kasher como o boi, ovelha, cabra (que têm o casco fendido e são ruminantes) e as aves kasher, só podem ser consumidos após serem devidamente abatidos e inspecionados por um especialista (shochet). Depois, devem ser devidamente processados (salgados e lavados) de modo a extrair o sangue, que não é kasher (EIZIRIK, 1984).
Para que um animal possa ser comido ele dever ser “kasher”, não pode ter sofrido ao morrer. Isso impede que um judeu cace animais, ou coma algum que sido tenha morto por outro animal (YISRAEL, 2000).
O grande problema do ritual judaico de abate de bovinos no Brasil é o sistema de contenção dos animais, que é ineficiente e não considera que o gado abatido é principalmente zebuíno, mais agitado que o gado taurino. A contenção e a degola cruenta provocam sérios efeitos estressantes nos animais abatidos pelo método kasher. Após, a degola e suspensão, os animais abatidos por esse ritual apresentam flexão dos membros anteriores e contração dos músculos da face, sinais evidentes de dor (ROÇA, 2001).
Para retirar o sangue, a carne é salgada pelo período de uma hora, antes da cocção, a carne é lavada. Enquanto 100 gramas de Boi (Não-kasher) possuem 123,3mg de sódio, 100 gramas de carne branca crua (frango Não-kasher), 131mg. A carne Kasher contém a elevada soma de 334 a 375mg de sódio por 100 gramas da parte comestível (PECKENPAUGH, 1997).
A Bíblia afirma que o sangue simboliza a essência do homem, por isso os rabinos do período Talmúdico concluíram que quando um animal fosse Kasher, deve-se retirar a maior quantidade de sangue. O nome da pessoa treinada para realizar a morte chama-se ’shochet’  (YISRAEL, 2000).
Quanto aos peixes, apenas os que possuem escamas e barbatanas podem ser consumidos; a razão para isso é desconhecida. Para as aves (galinha, pato, peru e pomba), não existem restrições, apenas não pode-se utilizar água quente para retirar as penas. Peixes não precisam ser ‘kasherizados’, pois eles possuem uma quantidade mínima de sangue, portanto, na Torá a afirmação que a proibição de ingerir sangue está limitada a mamíferos e aves  (YISRAEL, 2000).
Animais como porco, camelo, jumento, lebre, coelho, lagarto, crustáceos (lagosta, camarão, siri), ostras, cação, lula, aves de rapina e insetos não são Kasher (EIZIRIK, 1984).
Carne de animais, aves e leite, e seus respectivos derivados, não podem ser misturados, mesmo que ambos sejam kasher. É preciso ter panelas, talheres, louças, utensílios e pias separadas. Após, ingerir algo de carne, pode-se ingerir laticínios seis horas depois. Pareveh são alimentos que não são nem de leite, nem de carne (como os vegetais, por exemplo) (EIZIRIK, 1984).
Vegetais, grãos e frutas in natura para serem Kasher, devem ser examinados (ou peneirados no caso da farinha) para extrair vermes ou insetos que não são kasher. Derivados de uva e vinho requerem supervisão de um judeu especializado. As comidas pareveh não contém ingredientes de carne ou leite. Os produtos industrializados podem conter ingredientes não kasher, razão pela qual é necessário um “Hashgachá”, isto é, a aprovação de um Rabino competente nas Leis de Kashrut, de modo a homologar o produto como kasher. Certos produtos de grãos e seus derivados, ainda que kasher, durante o ano podem deixar de sê-lo durante as festividades de Pêssach (Páscoa dos judeus) (YISRAEL, 2000).
O leite e seus derivados, como queijo, cremes, manteiga, iogurte, e outros são kasher quando obtidos de animais kasher e produzidos numa leiteria kasher, com a participação obrigatória de um judeu no processo de produção. O leite e seus derivados não podem ser comidos ou preparados em conjunto com a carne animal ou das aves (YISRAEL, 2000).
O Rabino Yechezkel Auerbach, afirma que “o Kashrut não é uma questão política. É uma questão de lei – de Halachá, o conjunto de leis que governam o Kashrut”. O Rabino Auerbach enfatiza que “o Kashrut não deve ser politizado. Não é um assunto de pressões externas. Pelo contrário, é um processo deliberativo de interpretar o Halachá” (RICHARD, 2000).
Foi somente a partir da década de 60 que a questão do Kashrut despertou grande interesse na comunidade secular. Hoje, pequenos mas, ao mesmo tempo, muito ativos, grupos filiados ao movimento político da Lei Natural afirmam que alimentos geneticamente modificados ou provenientes da biotecnologia podem não ser kasher (RICHARD, 2000).
Na Bíblia Sagrada encontram-se algumas citações que falam sobre a alimentação, dentre elas:
- Dá-se por alimento a planta com semente sobre a terra e as árvores frutíferas com sementes; elas são suas, para que lhes sirvam de alimento (Gênesis 1:29).
- E se sua oferta for um caprídeo, então terá de apresentá-la perante o Eterno. E tem de pôr sua mão sobre a sua cabeça, abatendo-a diante da tenda de reunião; e os filhos de Arão têm de retirar o sangue ao redor do altar (Levítico 3: 12-13).
-    Essa é a lei a respeito do animal e da criatura voadora, da alma vivente que se move nas águas, e com respeito a alma que caminha na terra, a fim de fazer-se diferença entre o impuro e o puro, e entre a criatura vivente que pode-se comer e a que não (Levítico 11: 46).

Nota do Editor BBTSFLORIPA:
De acordo com Levitico 11:18, " a gralha, e o cisne, e o pelicano",  são considerados animais impuros, portanto, sujeitos à restrição. Cisne, marreco, pato, são todos da mesma espécie.

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