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Opinião de um judeu messiânico ( Para reflexão)


Manifesto - Devem os Anussim Messiânicos se
submeter ao processo de conversão ortodoxo para
regressarem a Israel e serem aceitos como Judeus?
Por Marcelo Miranda Guimarães (*)
Existem hoje algumas associações, sindicatos e outras entidades judaicas
interessadas na restauração dos descendentes remanescentes dos judeus
da inquisição, também conhecidos como B´nei Anussim (Filhos dos
Forçados), Cristãos-Novos ou mesmo pelo termo pejorativo “marranos” que
quer dizer “porco marrão”.
A existência desse tipo de associação é sem dúvida uma amostra que Israel
vem se preocupando com a restauração dos Anussim. Por um lado isto é
muito bom, mas por outro isto pode trazer certo embaraço ou até mesmo
graves conseqüências se este Anussim interessado na restauração de suas
raízes judaicas professar sua fé em Yeshua através do Judaísmo Messiânico.
Mas, por quê?
Na expectativa de responder tal pergunta é que gostaria de colaborar com
este pequeno artigo. Antes, porém, vamos relembrar alguns fatos históricos
sobre os B´nei Anussim.
Tenho percebido que se multiplicou  o número das teses de mestrado e
doutorados de história sobre o tema “Os Judeus Sefaraditas Hispano-Lusobrasileiros. Muitas cidades de Portugal têm restaurado suas antigas
judiarias, sinagogas e parte da história deixada pela longa presença judaica
naquele país. Desde a época do Rei Salomão, judeus iam buscar mármores
e outros tipos de pedras na península Ibérica para a construção do 1º.
Templo. Após a expulsão dos judeus de Israel decretada pelo Imperador
Tito no ano 70 E.C., o contingente de judeus na península Luso-hispânica se
multiplicou milhares de vezes até que no século XV quando os judeus já
representavam mais de 20% da população ibérica, tornando assim, a maior
população judaica do mundo. Com a expulsão dos judeus da Espanha pelos
Reis Católicos em 1492, milhares e milhares de judeus se espalharam para
a Europa, principalmente para a parte oriental, América, Norte da África,
Ásia e até mesmo para o Oriente Médio. A história nos confirma que mais
de 100 mil judeus espanhóis cruzaram as fronteiras, adentrando em
Portugal. Lá eles estariam livres de qualquer perseguição por parte da
Inquisição Espanhola. Mas, tal liberdade durou muito pouco, pois somente
quatro anos mais tarde, em 1496, Dom Manoel se casa com Isabel, Rainha
de Espanha, e a exigência desta foi que as leis da Inquisição passassem a
valer em Portugal. Dom Manoel, ao contrário dos reis espanhóis, não
expulsou os judeus de seu país, afinal eles eram prósperos e já
representavam uma significativa parte da população. Ao invés da expulsão,
Dom Manoel confiscou os bens dos judeus, introduziu altos impostos,
proibiu que eles deixassem Portugal e os obrigou à confissão forçada da fé
católica, passando pelo batismo, mudanças de nomes, etc. A não obediência
a este decreto custaria a cada judeu ser processado e condenado à pena de
morte nas fogueiras da Inquisição.  Esses conversos forçados (anussim)
1passaram a ser denominados de “Cristãos-Novos”, diferenciando dos
Cristão-Velhos, os católicos tradicionais.
O descobrimento do Brasil em 1500 constituiu quase uma “segunda”
abertura do Mar Vermelho para milhares de judeus. Em 1503 Fernando de
Noronha, um rico Cristão-Novo amigo do Rei, recebeu a incumbência de
trazer e explorar a cana-de-açúcar nas terras do Pau Brasil. Desde então,
milhares de judeus vieram para o Brasil na saga de fugirem das leis da
Inquisição de Portugal até que em 1591 o Brasil recebeu pela primeira vez a
visita do Inquisidor Oficial, o bispo Heitor Furtado de Mendonça. Vários
também foram os processos e extradições desses pobres e indefesos
condenados pelo ódio e intolerância às fogueiras portuguesas. A grande
realidade é que aqueles que foram fiéis as Leis de Moisés tiveram suas
vidas ceifadas como no holocausto que séculos mais tarde exterminaria
praticamente os judeus do Velho Continente Europeu. Outro grande
contingente (a maioria) se converteu ao catolicismo e dessa religião
procuravam dar bom testemunho, educando seus filhos como tais (como
exemplo dessa educação temos a formação do grande Padre Vieira). Esses
perderam a memória judaica e foram totalmente assimilados pela nova
religião. Outra parte, não menos expressiva que a primeira, se tornou
católica só de nome, batizando seus filhos, mas sendo um tanto relapsos,
não assimilando totalmente as normas, doutrinas e tradições da Igreja de
Roma; esses acabaram perdendo também com o tempo grande parte de
sua raiz e memória judaica. Somente uma pequena parte tentou continuar
guardando costumes e tradições judaicas em secreto, os chamados CriptoJudeus, os quais acabavam sendo descobertos, condenados e executados
pelas chamas da Inquisição Católica. A arbitrariedade era tanta que bastava
uma simples denúncia anônima (e sem provas) para que fosse aberto um
processo inquisitório contra o “judaizante”.
A inquisição no Brasil acabou oficialmente em 1821, mas até a Proclamação
da República e inicio do século XX, nossos antigos avós ainda tentavam nos
ocultar tais informações que muitos de nós éramos descendentes dos
“assassinos de Cristo”, o povo hebreu.
É desses descendentes hebreus luso-brasileiros de difícil identificação e
mensuração é que estamos agora trazendo à tona para um possível retorno
(teshuvá) às raízes judaicas de seus ancestrais.
Israel não reconhece ainda os B´nei  Anussim no sentido de lhes permitir
automaticamente o direito de “alyah” e cidadania judaica. O rabinato de
Israel em geral está disposto a ajudar os Anussim, desde que eles façam
cursos de conversão via judaísmo ortodoxo, para que sejam aceitos por
Israel.
Essa conversão ao judaísmo não teria nenhum problema para nós se ela
não exigisse que o candidato negasse a Yeshua, declarando não pertencer a
qualquer outra crença que tenha Yeshua como o messias. Jesus seja feita e
registrada em Cartório, declarando também ainda não pertencer a nenhuma
congregação judaico-messiânica.
 
2Isaque Aboab da Fonseca - 1605
- 1693 - o primeiro rabino das
Américas. Nasceu "Simão da
Fonseca", em Castro Daire -
Portugal, de pais marranos. Aos
sete anos mudou-se com seus
pais para Amsterdã, voltando à fé
Judaica.
 
Em outras palavras, é impossível para um judeu crente em Jesus (que vive
de acordo com a Torá e com o judaísmo bíblico) ser recebido e reconhecido
pelas entidades judaicas oficiais. Todas as portas se fecham para ele. Há
entidade judaica, p.ex., que absurdamente exige que esta negativa a
pessoa de Jesus seja feita e registrada em Cartório, declarando também
ainda não pertencer a nenhuma congregação judaico-messiânica.
Sendo Israel o único país democrático do Oriente Médio, pergunta-se, onde
está esta democracia no que se refere ao direito de fé e de crença?
Portanto, está aqui criado um grande problema para o descendente anussim
que professa a fé em Yeshua Há Mashiach e que congrega numa
Congregação Judaico-Messiânica.
Mesmo que este anussim seja um fiel seguidor das leis de Moisés,
guardando as boas tradições judaicas, praticando um judaísmo puramente
bíblico, crendo em todas as Escrituras judaicas, incluindo a chamada de Brit
Hadashá (Novo Testamento), ele não é considerado judeu e está
automaticamente excluso de qualquer sociedade judaica existente no
mundo.
Esta questão precisa ser debatida e com urgência. Todos nós sabemos que
facilmente encontramos ou conhecemos judeus que são espíritas,
esotéricos, alguns que são membros de religiões repletas de idolatria,
outros são budistas, hinduístas ou membros de qualquer outra religião que
negam o D´us Único de Israel, a Torá e todas as demais Escrituras
Sagradas. Há judeus que se dizem ateus e até mesmo aqueles que são pais
de santo em terreiros de macumbas, etc. e mesmo assim, todos esses são
bem recebidos em Israel e em quase toda comunidade judaica sem
discriminação alguma. Agora, se um judeu crê em Jesus e vive como judeu
3praticante, sionista, temente aos mandamentos, estatutos e ordenanças da
Santa Torá, crendo nos profetas de Israel, não pode ser considerado judeu
e pelo contrário, este é considerado “destruidor” do judaísmo! Sabemos que
os judeus são um povo, descendentes sanguíneos de Abraão, Isaac e Jacó,
e não apenas uma raça. Evidentemente, além do aspecto genético, esse
povo professa em sua maioria a religião judaica. O judeu messiânico
também possui uma descendência genética e pratica o judaísmo messiânico
que não é diferente em quase nada, exceto na afirmativa que Jesus é o
Messias de Israel, Filho de D´us, que veio em sua primeira vinda com Ben
Yosef (filho de José), dando o direito a todos de ter a remissão dos seus
pecados e o “novo-nascimento” e que em breve voltará em glória como Ben
David (Filho da David), como Rei de Israel e para todas as nações. Ou seja,
tal fé no messias não descaracteriza o judeu messiânico de ser judeu de
sangue e seguidor das leis de Moises. Ele não pode ser considerado um
gentio cristão. Por outro lado, não existiria o cristianismo sem o judaísmo.
Em Yeshua, todo gentio (as nações) passa a ter acesso as promessas e
bênçãos do povo hebreu e do D´us  de Israel pelo enxerto na “oliveira”
(Rm11). Como é possível continuar sendo considerado judeu o indivíduo
que professa outra fé que nega as Escrituras Sagradas judaicas, que nega o
chamado irrevogável que o Eterno tem com o povo de Israel? Um judeu
ateu é considerado “judeu”, e o judeu que crê em Yeshua como Messias é
“traidor”? Estamos entrando no mundo dos absurdos, com certeza!
Eliezer Ben Yehuda, Theodor Herzl, David Ben Gurion e vários outros pais
do Estado Judaico moderno idealizaram um LAR para todo judeu,
independente de sua crença, origem ou status social. Porém, a crença em
Yeshua como Messias tem sido usada como justificativa para revogar o
direito do judeu de continuar fazendo parte do povo de Israel. Isto porque a
história da religião cristã fala mais alto do que os ensinos do próprio Yeshua
(Jesus). Apesar da desastrosa história do cristianismo em relação a
Israel e ao povo Judeu, deve-se deixar claro que o Anussim
Messiânico (como judeu que é) tem como autoridade para a sua
vida apenas a Palavra do Eterno, e não os dogmas, credos e
encíclicas cristãs romanas ou alemãs. O Judeu messiânico não
compactua nem concorda com os erros históricos do cristianismo. O
Judeu messiânico interpreta Yeshua (Jesus), os apóstolos e os
evangelhos em seu contexto Judaico original, como elementos
zelosos da Torá e amantes de seu próprio povo, o povo de Israel. O
opróbrio do percurso da história cristã em relação a Israel não pode
ser colocado sobre os ombros de qualquer judeu que seja discípulo
do rabino de Nazaré, nem pode ser utilizado para separar tal judeu
de seu povo. O Judeu messiânico tem seu vínculo em Israel e em
4Israel deve ser o LAR de
todo judeu, independente
de sua origem, status ou
crença. “Até mesmo
judeus que abraçaram o
cristianismo devem
receber o direito de
viverem como Judeus na
Terra de Israel” - Eliezer
Ben Yehuda - 1858 -
1922 - Pai do Hebraico
Moderno e primeiro
sionista da modernidade.
seu Messias, e não em qualquer sistema religioso. Ele, como
qualquer outro judeu, tem o direito de ser judeu (independente de
quem ele considere ser o Messias de Israel).
Não cabe aqui discutir se o judaísmo moderno está certo ou errado, ou
mesmo seus grandes movimentos e diversidades. Eu creio que deveria
haver lugar para todos. Afinal, pela Bíblia, todo judeu é messiânico, pois
espera com ansiedade o mundo vindouro que virá com o Messias de Israel.
Se uns crêem que este Messias foi Bar Kochba no início desta era, ou se foi
o grande e respeitável Rebe Menachem Schneerson ou se foi o próprio
judeu Jesus de Nazaré, caberia o respeito ao direito de todos. Um dia,
quando o messias vier a essa terra, poderemos confirmar se ele já havia
vindo ou não! A crença Nele não poderia neste momento ser o motivo de
exclusão e discriminação por parte da comunidade judaica. O que deveria
ser priorizado agora são a união, o fortalecimento e a obediência de todos
os judeus aos princípios divinos que foram dados no Monte Sinai. Se todo
judeu estudasse a Torá, os Ketuvim e os Neviim estaría vivendo
fraternalmente, cumprindo as profecias que trarão o Messias e Seu reino
messiânico a essa terra. Este é o real chamado do povo escolhido, ser luz
para as nações, dando ao mundo o Tikun Olam!
Então, como fica a situação da restauração dos B´nei Anussim? Negam
Yeshua e adentram para o judaísmo tradicional? Esta com certeza não é
sequer uma opção! O melhor é continuar crendo em Yeshua e esperar pelo
cumprimento das Escrituras, pois se realmente cremos nelas, então,
devemos viver conforme as mesmas. Isto não nos impede de lutar pelos
nossos direitos e não devemos cruzar os braços. Os judeus não messiânicos
não são nossos inimigos, pelo contrário, são nossos irmãos e devemos amá-
los e respeitá-los. Somos todos parte do mesmo povo, “Am Israel”.
Abaixo, enumeramos alguns pontos importantes que com certeza ajudarão
a muitos, pois não é bíblico e sensato que alguém se apostate da fé e
5negue a salvação eterna que foi alcançada pela graça de Yeshua, o
Mashiach de Israel.
Queremos alertar a todo judeu messiânico que não se afaste do nosso povo.
Mas, não devemos nos filiar ou nos associar à nenhuma organização,
entidade, sinagoga, sindicato, etc. QUE EXIJA QUE NEGUEMOS A YESHUA
COMO O MESSIAS DE ISRAEL e, conseqüentemente, que proíba o direito e
a existência do autêntico e bíblico Judaísmo Messiânico. Isto é ser fiel ao
nosso chamado. Isto é ser realmente ético, não omitindo em quem cremos
e no que cremos. Sempre quando defendemos o argumento acima algumas
pessoas se levantam contra, dizendo que é direito do judeu se congregar
em sinagogas, associações, clubes, etc. Novamente repetimos: não somos
contra a filiação do judeu messiânico em nenhuma das organizações citadas
na frase anterior. Mas, no momento em que qualquer uma dessas
instituições declare abertamente sua posição anti-Yeshua, PROIBINDO a
presença de judeus que creiam Nele como Messias, é criada uma linha
divisória que impossibilita o judeu messiânico ético, sincero e honesto para
com seus irmãos, de continuar como membro e filiado. A linha divisória não
é criada pelo Judeu messiânico, pois o mesmo é vítima de discriminação,
preconceito e rejeição.
A beleza do judaísmo messiânico está no fato de que em suas comunidades
judeus e seus descendentes, bem como gentios crentes na pessoa do
Messias Yeshua, possam viver em união. O gentio vivendo como gentio
enxertado à oliveira que é Israel e o judeu testemunhando sua identidade
judaica, sendo no Messias, luz para as nações. Queremos voltar à terra de
nossos pais. Queremos também o direito de retorno, via Alyah legal e
reconhecida pelo Governo de Israel e com aprovação dos Órgãos
Competentes. Muitos membros de nossas congregações são judeus, vivem
como judeus, zelosos a Santa Torá e crendo em toda a Escritura Sagrada,
incluindo o Novo Testamento que foi escrito por judeus que criam ser
Yeshua o Messias de Israel.
Pessoas que são membros de comunidades judaico-messiânicas e se filiam
a organizações judaicas que são publicamente contrárias à fé em Yeshua,
acabam incidindo em pelo menos três grandes erros:
1. Primeiro, traí a fé no próprio Messias Yeshua;
2. Trai ao próprio movimento judaico-Messiânico, que constitui
junto com os gentios o Corpo de Cristo, a Igreja;
3. Trai a organização judaico anti-messiânica a qual o interessado
na conversão se filia, pois a pessoa terá que omitir e muitas vezes
mentir sobre sua verdadeira identidade como messiânico.
Queremos e lutaremos para que o Judaísmo Messiânico seja reconhecido
como um movimento judaico no meio de tantos outros existentes e não seja
considerado uma seita do cristianismo  ou do próprio judaísmo. Isto levará
algum tempo e a luta será grande. Mas, hoje já somos mais de 100
congregações judaico-messiânicas somente em Israel e outras centenas
6espalhadas pelo mundo. Este número tem crescido de modo acelerado
quando comparado a taxa de crescimento do cristianismo.
Somos sionistas, somos a favor da construção de um Israel forte, soberano
e consciente do seu chamado divino e irrevogável, de trazer o Messias ao
mundo e ser luz para as nações (Rm 11:19, Is 42:6). O próprio Yeshua
disse:
“... Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu
o confessarei diante do meu Pai, que está nos Céus. Mas, qualquer que me
negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que
está nos Céus.” (Mt 10:32-33)
Aproveitando a oportunidade, deixamos claro alguns pontos
apregoados e defendidos pela ABRADJIN (Associação Brasileira dos
Descendentes dos Judeus da Inquisição):
Não temos nenhuma dúvida que estamos vivendo momentos proféticos
relacionados com o retorno dos judeus e seus descendentes à terra de
Israel. São inúmeras as profecias bíblicas dizendo que o Eterno os espalhou
até aos confins da terra, mas Ele mesmo os ajuntará e os levará a casa de
seus ancestrais. Para nós, o capítulo 36 de Ezequiel é uma midrash do
próprio Ruach HaKodesh (Espírito Santo) sobre este assunto, pois
resume quase tudo,vejamos:
“... e os espalharei entre as nações e foram dispersos pelas terras conforme os seus
caminhos...
Pois vos tirarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei
para a vossa terra...
vos purificarei...vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo...
e fareis que andeis nos meus estatutos, guardeis minhas ordenanças...
e habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós éreis o meu povo e serei o vosso
Deus (Ezequiel 36‐19;24;25;26;27)
” eu porei em vós o meu Espírito e vivereis e vos porei na vossa terra...(Ezequiel
37:14).
Os B´nei Anussim e todos os descendentes Luso-Brasileiros da Inquisição se
enquadram também nessas profecias.
7É de suma importância entender  sobre este retorno no contexto
Bíblico judaico-Messiânico:
1. O próprio D´us espalhou e só Ele mesmo irá ajuntar todo o seu povo no
TEMPO Dele;
2. Os profetas e os autores do Novo Testamento mostram claramente que
os judeus aceitarão no final dos tempos Yeshua como o Messias de Israel e
serão considerados os remanescentes da Casa de Israel.Virá o tempo que
os olhos e ouvidos (espirituais) de todo judeu será aberto e eles
reconhecerão o Seu Messias Yeshua (Dt 29:4;Is 29:10;Rm 11:8). Você já O
aceitou, então espere em oração para que outros judeus O aceitem e os
tempos se cumpram (Is 53; Ez 37:22; Zc 12:10-11; Mt 23:39 Rm 9; Rm
11; Ap 19 ).
3. D´us tem o registro dos povos (Sl 87:6) e somente Ele guarda o
‘registro’ dos verdadeiros filhos de Israel, ou seja, os registros e
documentos dos homens são importantes, mas os do Eterno são soberanos,
mesmo para aqueles que foram assimilados pelas nações e perderam
parcialmente ou totalmente sua identidade judaica ou mesmo para aqueles
que foram obrigados a perderem sua identidade, como no caso da
Inquisição, p.ex.
4. Somente D´us chamará cada um desses filhos dispersos, os escolhendo
para o grande retorno. É sabido e ciente que nem todos os que foram
espalhados pelas nações voltarão a Israel e nem todos serão restaurados
(Jr 3:14), salvo o remanescente (Rm 9:27).
5. Há uma condição desejável pelo Eterno nos versos do Capítulo 36 de
Ezequiel, quando diz “vos porei um coração novo, um Espírito Novo”. No
Verso 14 do capítulo 37, O Eterno repete e mostra sua soberania no Seu
propósito, isto é, dar a esses judeus escolhidos o retorno e o “Novo
Nascimento” no Espírito falado por Yeshua e pregado pelos apóstolos e
profetas, como em João 3:3 (todo aquele que nascer de novo no Espírito),
isto é, no Messias Yeshua, o único e possível caminho para essa verdade (Jo
14:6);
6. Assim, o remanescente do povo judeu de todas as tribos reconhecerá
Yeshua como o Seu Messias, Seu Redentor. Isto foi dito por Yeshua, pelos
profetas e apóstolos (Mt 23:39 e Rm 11:26).
7. Portanto, recomendamos aos nossos membros que fiquem atentos ao
mover do Eterno. Não necessitamos de mecanismos ou meios que facilitem
o reconhecimento de nossa identidade judaica, que nos obrigam a negar
nossa fé e nossa crença em Yeshua.
8. O Eterno é soberano e está no controle de todas as coisas na terra e no
universo. Ele não precisa de nossa força, da mentira, do “jeitinho brasileiro”
para conseguir documentos ou de outras formas, cartas, sindicatos ou
qualquer outra entidade que não respeitem nossa fé e nosso direito de
crença.
89
9. Que cada um de nós seja motivado a restaurar suas raízes judaicas, suas
tradições, sendo zeloso com a Palavra do Eterno nos dada por seus santos
profetas. Que cada um de nós, confie e espere somente Nele. Se crermos
que Ele nos espalhou pelas nações, também devemos crer que somente Ele
nos levará seguros e  no tempo Dele ao Eretz Israel. Faremos nossa
parte, mas deixaremos também espaço para o Eterno faça a Sua.
No sincero shalom,
Marcelo M. Guimaraes
(ordenado rabino pelo Netivyah Bible Institute de Jerusalem‐ Israel; pelo Jewish Voice e reconhecido pela
UMJC (Union of Messianic Jewish Congregations –  ‐EUA) e pelo MJBI (Messianic Jewish Bible Institute‐
Dallas‐TX).Fundador da Congregação Har Tzion, da Associação Ministério Ensinando de Sião e da
Abradjin (Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição) em Belo Horizonte.
 

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