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SUKOT


Sukot

A Torá refere-se a Sukot como “a época da nossa alegria” pois, além de ser uma das festas judaicas mais alegres, compensa a solenidade e a gravidade dos dias que vão de Rosh Hashaná a Yom Kipur.

Sukot é uma das três festas de peregrinação prescritas na Torá e, na época do Grande Templo, os judeus de todas as partes dirigiam-se em peregrinação a Jerusalém para comemorá-la. Sukot inicia-se no 15 de Tishrei, duas semanas após Rosh Hashaná, e tem a duração de 7 dias. No oitavo dia comemoramos Shemini Atzeret e, no nono, Simchat Torá.
Em Sukot comemora-se a generosidade e a proteção que D’us dispensa a seu povo. Em Israel, Sukot coincide com o fim da estação da colheita, uma época em que D’us mostra Sua generosidade ao prover ao homem – através da natureza – os meios para seu sustento.
Em Sukot comemoramos também a preservação física de Israel durante os 40 anos em que vagou pelo deserto. Os milagres com que D’us abençoou os Filhos de Israel durante sua longa caminhada permitiram sua sobrevivência física e, portanto, em Sukot aprendemos que “D’us é Aquele que sustenta a natureza, Ele que distribui todas as formas de vida”. Em Shemini Atzeret comemora-se algo ainda maior, ou seja, a preservação do espírito de Israel através do estudo da Torá. Em Simchat Torá alegramo-nos com a Lei que foi preservada ao longo dos tempos.
A Suká 
Os preparos para festa de Sukot começam imediatamente após Yom Kipur, com o início da construção de frágeis e temporárias cabanas, as sukot (plural de suká), dentro da quais, durante os sete dias da duração da festa, nós, judeus, devemos fazer nossas refeições e até mesmo dormir. O teto de uma suká é feito de galhos ou plantas verdes, finos o bastante para deixar passar a chuva e permitir-nos avistar, através de seus orifícios, o brilho das estrelas.
A suká serve para nos lembrar as dificuldades e intempéries enfrentadas pelos Filhos de Israel, após a saída do Egipto, durante a travessia pelo deserto até a chegada na Terra Prometida. Lembra-nos também dos milagres que D’us realizou durante tão longo período, entre os quais destacaram-se as “nuvens de Glória”, que cercavam e seguiam o povo de Israel em suas andanças pelo deserto. Naqueles anos difíceis, todo o povo era testemunha de como D’us os estava protegendo contra todos os elementos estranhos, preservando-lhes assim a vida.
Apesar das nuvens terem desaparecido na véspera da entrada dos filhos de Israel na Terra Prometida, os judeus de todas as gerações nunca deixaram de acreditar na Protecção Divina.
A suká é denominada pelos nossos sábios de Tselá Demehemenutá – a sombra da fé, pois ao entrar dentro de uma suká, demonstramos que toda nossa fé e segurança estão depositadas nas mãos do Criador. Ao deixar o conforto de nossas casas e a segurança de nossos lares, é lá, sob as folhas da suká, que nos consciencializamos de nossas próprias limitações, pois sabemos que não bastam os tijolos das casas para proporcionar a protecção definitiva. Sem o olhar e a bênção do Todo-Poderoso, nossa fragilidade está sujeita às intempéries da vida e de nossa condição de mortais.
As 4 espécies 
Durante Sucot, além de comer e dormir debaixo de uma suká, todo judeu deve também fazer todos os dias, com excepção do Shabat, as bênçãos sobre as “quatro espécies”: etrog (fruta cítrica), lulav (folhas de palmeiras), hadassim (ramos de mirta) e aravot (ramos de salgueiro).
Nossos sábios afirmam que são reservadas bênçãos especiais para todos aqueles que seleccionam, unem os quatro tipos de plantas e fazem as orações sobre as mesmas. Estes ramos contendo as “quatro espécies”, arbat haminim, são agitados para as seis direcções do espaço: nas quatros direcções do quadrante, para cima e para baixo. Com isto está-se reconhecendo que D’us se encontra em toda parte. Cada uma das espécies do mundo vegetal possui um significado particular, mas só quando estão reunidas se completam.
O etrog é uma fruta especial, pois a árvore na qual brota tem o mesmo sabor que seu fruto. Por ser uma fruta que se reproduz o ano inteiro, simboliza também a fertilidade. O lulav, ao longo da história do nosso povo, foi associado a situações de vitória, aparecendo em moedas cunhadas durante o período dos macabeus. Conta o rabino Avin, em um de seus midrashim, que quando duas pessoas disputavam uma causa em um tribunal, a vencedora deixava o local com uma folha de palmeira na mão. O hadassim, folhas de mirta, é um dos símbolos de imortalidade e sucesso, pois mesmo quando as suas árvores são queimadas, a planta renasce das cinzas. O aravá reflete a dependência dos homens da água, pois só se reproduz em locais com abundância de recursos hídricos.
Segundo nossos sábios, as quatro espécies representam também os quatro tipos de judeus. O lulav – sem cheiro, porém com frutos, representa o judeu que conhece a Torá, mas não cumpre suas mitzvot. O hadas – que possui aroma, mas não frutos, simboliza o judeu que cumpre as mitzvot, mas não conhece a Torá. O aravá – sem aroma e sem frutos simboliza o indivíduo que desconhece a Torá e não cumpre as mitzvot. O etrog – cheiroso e fértil representa o judeu completo, que conhece a Torá e cumpre as mitzvot.
D’us diz que nenhum dos quatro tipos se perderá, se estiverem juntos, pois as bênçãos de um se estenderão aos demais, levando à união do povo judeu, que se movimentará de uma só maneira, assim como ocorre com as quatro espécies em Sukot.
in Netjudaica

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