Pular para o conteúdo principal

A caminhada - Ensaio




Antigo adágio popular reza que "Água parada não move moinho", ou ainda, que "Pedra que rola não cria limo", e há também outro que diz que "Águas paradas são profundas". Enfim, se puxar pela memória, muitas serão as citações que fazem referência a movimento, ação, ou em contrário, estagnação, indecisão, inanição.


É próprio do Ser humano, o movimentar-se, e movimentar-se vai muito além de apenas mover-se aleatoriamente de um lugar a outro.  A movimentação consubstancia a amálgama (aqui redundei, mas paciência, velho é assim mesmo) de coisas e ideias, ambições, ou senso de participação no processo criativo infinito, ao qual fomos destinados desde a criação do mundo e dentro dele, buscarmos nosso cantinho ajeitado para a felicidade, aquela que nos faz parecer um esquilo correndo dentro de uma roda giratória diuturnamente, para esgotar as energias provida pelos ácidos graxos e sua ica alimentação de oleoginosas guloseimas., e não corresse ele dentro desta roda infinita, tornar-se ia gordo e obsoleto para sua natureza de esquilo. Assim, se a natureza do esquilo é comer e correr, a natureza do Homem, é caminhar e viver, e viver aqui é bem mais que comer e correr, porque sendo criado à imagem e semelhança do Criador, nossa natureza é criativa e construtiva, edificadora, propositiva, e insaciavelmente criativa.

Passamos a vida em uma caminhada rumo a um destino certo, mas escondido, e a única certeza que temos é em nossa crença de que entre nós e nosso destino, há um caminho a percorrer, e que se não nos movermos em direção à ele, certamente ele também não moverá uma palha para buscar-nos. Somos destinados a caminhar e caminhar sempre, e não há como acelerar o passo, porque o destino parece perceber nossa ânsia pelo fim, e afasta-se de nos lentamente, para que encontremos a celeridade de equilíbrio, sem rastejar nem tampouco correr. 

O destino não caminha a nossa jornada. Ele apenas nos espera, e nesta espera, não caminhamos de mãos vazias, mas carregamos um cesto, para coletarmos frutos pelo caminho, para a jornada incerta. Tal cesto não é demasiado grande, que não o  possamos suportar, nem tão pequeno, que pouco possa armazenar as benesses que levaremos até o ponto de chegada. Neste cesto, coletaremos frutas, que renderão outros frutos, uma vez que a finalidade não é chegarmos com os cestos abarrotados,mas acompanhados por aqueles com quem tenhamos dividido, compartilhado nossas frutas, sendo que tais companhias serão os frutos das frutas, e o fruto da jornada serão os  portais que nos esperam para o banquete final.

Nesta caminhada, encontraremos subidas e descidas, e não estaremos sós, antes, cruzaremos por muitos outros,com muitas outras cestas, umas cheias, outras vazias, uns tristes, outros alegres, uns afortunados, outros empobrecidos, e nas subidas mais íngremes e escarpadas, nossos cestos parecerão pesados, o que nos permitirá torná-los leves, distribuindo as frutas que coletamos, aos que coletaram menos que nós. Nesta subida, faz-se mister que subamos de cabeça baixa, para que, se necessário for descer para ajustar nossa rota, o façamos de cabeça erguida. Assim, de encontro em encontro, de fruta e fruto em fruto e fruta, perceberemos que a chegada é precedia por uma planície, e que flores e perfumes alcatifam nossos pés ao frescor das manhãs, e que perceberemos, em dado momento, não termos mais cestas em nossos braços o peso das cestas,mas o calor de outros braços que foram alimentados por nossas frutas. No destino da jornada,não levaremos mais nada, senão a nós mesmos, e aqueles com quem estivemos ao longo do caminho. De cabeça baixa ao subir, e levantada ao descer, pois o contrário disso nos faz perder o rumo da vida, o sentido da existência, e o premio tão desejado.



Contato para Seminários e Palestras
(48) 999 61 1546

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

GLOSSARY - HEBREW ENGLISH

© Copyright 2002 ARTISTS FOR ISRAEL INTERNATIONAL. All rights reserved. abaddon (destruction) abirei lev (stubborn of heart) ach ahuv (a beloved brother [in Moshiach]) ach'av mashtin b'kir (him that urinates against the wall, i.e. all males) Ach'av (Ahab, King Ahab of Israel) ach (brother) achad asar (Eleven, the Eleven) achai (my brethren) acharei (after) acharim (end-times things) acharit hashanim (future years) acharit hayamim (last days, [Messianic] latter days) acharit shanah (end of the year) acharit yam (the extreme end of the sea) acharit (future, end, last, final outcome, latter end, i.e., future destruction) acharon (afterward, in the future, last) acharonim (last ones) achavah (brotherhood) achayot, akhayot (sisters) Achazyahu (Ahaziah of Judah) achdus (union, unity) achdut of yichudim (unity/ harmony of unifications) achdut (unity) achei Yosef asarah (Yosef's ten brothers) achei Yosef(the brothers of Yosef) acheicha (thy brethren) acheinu (our

Gematria - Tabela

PÁGINA PRINCIPAL                         TOC  para trabalhos em Desenvolvimento Hebrew Gematria por Bill Heidrick Copyright © por Bill Heidrick Instruções:  Para ir para entradas em um valor particular, selecione o link sobre esse valor. Blanks onde os números seriam indicam há entradas ainda para esse número. Um fundo escuro indica que as entradas são apenas referals para palavras e frases usando valores finais em letras. Intro 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162

PROCURE AQUI SEU SOBRENOME JUDAICO

Muitos Brasileiros são Descendentes de Judeus Você sabia que muitos Brasileiros são Descendentes de Judeus?   Por Marcelo M. Guimarães    Um povo para ser destacado dentre as nações precisa conhecer sua identidade, buscando profundamente suas raízes. Os povos formadores do tronco racial do Brasil são perfeitamente conhecidos, como: o índio, o negro e o branco, destacando o elemento português, nosso colonizador. Mas, quem foram estes brancos portugueses? Pôr que eles vieram colonizar o Brasil ? Viriam eles atraídos só pelas riquezas e Maravilhas da terra Pau-Brasil ? A grande verdade é que muitos historiadores do Brasil colonial ocultaram uma casta étnica que havia em Portugal denominada por cristãos-novos, ou seja, os Judeus ! Pôr que ?   (responder esta pergunta poderia ser objeto de um outro artigo).  Em 1499, já quase não havia mais judeus em Portugal, pois estes agora tinham uma outra denominação: eram os cristãos-novos. Eles eram proibidos de deixar o país, a fim