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Relação entre a expulsão do Jardim do Éden e a Lepra, no Deserto do Sinai

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Pacard*
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

Gênesis 3:2-7


...................
E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto.
Desde o homem até a mulher os lançareis; fora do arraial os lançareis; para que não contaminem os seus arraiais, no meio dos quais eu habito.
E os filhos de Israel fizeram assim, e os lançaram fora do arraial; como o Senhor falara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel.

Números 5:1-4


O que aconteceu, fora do relato bíblico, dentro dos limites do Gan Eden (Jardim do Éden), é um mistério não revelado, mas que nos apresenta pistas para um entendimento superficial, pelo menos, e vamos encontrar um paralelo deste acontecimento mais adiante, no livro de Números 51-4, ou para melhor entendimento da situação, no capítulo todo. Este capítulo trata do procedimento a ser realizado, pelo Sacerdote, quando era constatado um caso de Tsaarat (Lepra) em algum israelita, e esta pessoa, após examinada, era retirada do arraial (do convívio com a comunidade), e por sete dias ficava sozinha, no deserto, quando após este período, deveria retornar e ser novamente examinada, e receber, etão, o tratamento final para sua purificação (cura).
Fonte: Bibliaonline

Ora, lá no Éden, o primeiro casal, Adam e Hava (Adão e Eva), receberam um jardim pronto, bem cuidado, organizado, indescritível para nós, e deveriam tomar conta daquele lugar, para seu próprio deleite, pois tratava-se, além de sua morada, também o lugar onde O Rei do Universo, O Criador,  os visitava continuamente, ao cair da tarde, para instruí-los e com eles conversar sobre as maravilhas de Sua criação. Neste lugar, para estas perfeitas condições, havia regras a serem observadas, para que a harmonia não fosse quebrada, na verdade uma única regra pétrea, inamovível, era a proibição de comer do fruto de uma árvore (havia duas árvores distintas): a Árvore o Conhecimento (do bem e do mal). Era simples.Não passariam fome, nem dariam conta de comer de todas as espécies que ali haviam,mas aquela, em especial, não lhes pertencia, não estavam no direito de fazer o que bem quisessem com ela, pois era a árvore do Criador, uma reserva especial, e certamente não faria falta alguma ao cardápio paradisíaco do casal. E também estes não sentiam nenhuma vontade, segundo o relato, em outras palavras, de experimentar da propriedade do Eterno. Isso foi assim, até  que um dia, o Satã (Enganador, Mentiroso, Atrevido), os visitou, e tomou a forma de um ser comum e agradável à mulher (e devo aqui elucubrar que a serpente, que segundo os Sábios e a Tradição, tinha belas asas e plumas, e era um animal belíssimo, e quero emendar ainda que talvez tivesse habilidade semelhante a certas aves, que repetem coisas e sons, dando a impressão que falam, o que permitiu o diálogo com o animal, não percebendo que este se colocava no  lugar de D-s, fazendo perguntas, mas também dando suas próprias respostas).

Era a Serpente o mais astutos dos animais, e começa o diálogo com Hava filosofando, isto é, fazendo perguntas: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? Gênesis 3:1" O resto da história todos conhecem, e disso vem o resultado: Hava come a fruta, isto é, cede às perguntas do Satã, com quem já criara divertida intimidade, cedendo à zombaria ao Criador, e imediatamente, sob o efeito do fruto, começa a pensar nas consequências de sua atitude, vendo-se só. Então, nesta minha elucubração), percebe que pode arregimentar prosélitos ao seu desatino, e oferece ao companheiro. Não temos como saber o que passou na mente deles, mas vejo certo desespero no olhar de Adam, que não encontra outra alternativa, senão devorar o quanto antes sua possibilidade de acabar com tudo e morrer, como havia sido predito, embora não tivesse ainda compreensão do significado da morte, até aquele instante. Ambos comem, e percebem que estão nus, isto é, percebem que traíram Aquele que à eles confiara o cuidado de um lugar. A nudez aparece aqui como uma desgraça, uma vez que mostra a desobediência,mais do que as partes pudendas de um homem e uma mulher. Mostra como anti-natural aquilo que até poucos instantes atrás era absolutamente normal. Em lugar de sentir desejo pela mulher, e esta pelo homem, sentiram vergonha de seus próprios corpos, caindo em si por sua própria atitude.

Ao serem visitados, ao final da tarde, escondem-se do criador, que pela descrição, aparece à eles como Um Homem, com O Qual conversavam claramente, e O Eterno os chama pelo nome, perguntando onde estão. É D-s sendo D-s! Perguntando sempre, não porque não saiba onde estão, mas para que possam eles refletirem sobre "onde e como" estão. Na pergunta: "Adam, onde estás?", sentencia D-s o Homem, o ser Humano a repetir até o fim dos dias, a mesma pergunta: "Onde estou, quem sou, para onde vou?". E  percebem que em todo ato á consequência, e só consequência, pois não havia necessidade de recompensas, conquanto que a recompensa era inata e já usufruída. Tinham agora, tudo a perder, e perderam. E foram expulsos daquele lugar, onde qualquer pessoa sensata daria um olho, duas pernas dois braço, e a própria vida, para desfrutar,um instante que fosse.E eles perderam isso num piscar de olhos, em uma mordida apenas.

D-s os retira de lá, porque ali ainda havia outra árvore, a Árvore da Vida, que se fossem seus frutos e folhas comidos, permaneceriam vivos para sempre (e sempre é um tempo enorme),só que em pecado, em tortura mental, em angústia. Deixaria de ser um paraíso e seria um inferno, no sentido de dor. D-s os coloca para plantar outros jardins, cultivarem a terra, semearem, esperarem pelas chuvas, queimarem ao sol, verem a terra parindo vida, ceifarem, multiplicarem. Se tivessem permanecido vivos em estado de pecado, não haveria condição da vinda do Mashiach (Messias) para os resgatarem, e a Terra estaria amaldiçoada para sempre.Bendito O ome (De D-s) que foram retirados de lá, para serem purificados pelo Messias, e voltarem, com os filhos que geraram, para o Jardim, de onde nunca deveriam ter saído.

Até aqui está entendido a expulsão, mas vamos encontrar um paralelo disso no livro de Números 5:14, onde encontramos o procedimento para com o leproso, durante o acampamento no deserto, e também depois, ainda nos tempos bíblicos. Ora,o que foi traduzido por "Lepra" (Tsaarat), não se trata da "Hnseníase", ou o que conhecemos por Lepra, atualmente,mas uma doença de pele causada por uma condição espiritual, chamada de "Lashon hará" (língua viperina), pela atitude de falar mal de alguém, de espalhar "fofocas", maledicências sobre alguma pessoa ou grupo de pessoas. Por "Bullying", por espírito de porco contra outras pessoas. Se eu fosse buscar um similar na medicina moderna, encontraria talvez a "Psoríase", uma doença de pele,não contagiosa, causada (ou acelerada) pelo estresse, pela angústia. No caso da Tsaarat, o mal afligia diretamente a pessoa que causava esta angústia a outra, e como resultado disso, o leproso tinha que ser retirado do convívio com as outras pessoas, não por medo de contágio, mas para que, sozinha, a pessoa pensasse nos seus erros, que refletisse sobre o que a levara àquela condição, e que arrependida, voltasse, uma semana depois, ao Sacerdote, e expusesse sua culpa e seu arrependimento. eram sete dias, o mesmo tempo de uma "Shivá", o luto, com a diferença que o luto nessa condição era por si mesma, e que o Sacerdote, ao cabo desse tempo, a receberia, e procederia o rito de purificação, o mesmo rito que vamos encontrar nos simbolismos do Ritual do Santuário )Mishcan), e também no Livro de Revelação (Apocalipse), designando a função salvífica do Messias, para o entendimento dos cristãos. dá-nos assim a certeza de que, como o pecsdor, tomado de lepra, e purificado no deserto, também a humanidade, purificada fora do Gan Eden, por meio do Messias, voltará em breve a comer de todas as frutas permitidas no Chadash Eden (Novo Éden) restaurado e livre do Satã.

A Bíblia é repleta de paralelos, e como disse o profeta Isaías:

A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?
Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.
Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.
Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.
Assim, pois, a palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.

Isaías 28:9-13



Pacard é Daati (Estudioso das Escrituras)

Contato para Palestras:+55 48 999 61 1546

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