Quantas vezes você teve uma ideia que deu solução à um problema, e a ideia tornou-se um costume social, mas mesmo assim, ninguém sabe quem foi o autor da solução, e ainda que você insista em contar que tenha sido tal pessoa, acaba deixando o assunto de lado, pelo desconforto, pela irritação do deboche, ao taxá-lo de sonhador, gabola, ou mentiroso?
Negar autoria em coisas mal feitas próprias é tão comum quanto ter negada a autoria em boas soluções, mas ainda assim, é uma prática multimilenar, que está impregnada no Ser Humano, de tal maneira, que escondemos méritos dos outros, pelo simples costume de não precisar prestar homenagens, elogios, ou reconhecimento de autoria alheia. Inconscientemente acreditamos que dar a outrem aquilo que poderia ter sido pensado por nós mesmos, demonstra fraqueza, nos diminui, nos torna obsoletos.
Perdi a conta das vezes em que percorri a internet em busca de blogs que publicam poemas meus, e escondem a autoria, ou até mesmo, diabolicamente, dão a si mesmos tal autoria. Perdi a conta dos fabricantes inescrupulosos que copiam modelos de produtos que criei, e ao serem indagados sobre a autoria, simplesmente respondem que "foi desenvolvimento da fábrica", como se uma fábrica fosse alguém que pensa, que cria, que tem ideias, e ainda que seja de fato algo criado por uma equipe interna, ainda assim, alguém teve a ideia matriz, e sem nenhum pudor, seu nome é jogado numa vala comum, porque ter ideias, criar, inventar, é algo maldito na cultura de quem é maldito por essência.
Certo é que existem leis para protegerem os autores, registros e patentes, mas a questão é mais profunda do que apenas garantir direitos comerciais à ideias e invenções. O problema vem da raiz humana, precedida e orientada por doutrinação satânica, de negar autoria ao Criador de todas as coisas, e assim, negando esta autoria Máster, nega a própria criação do Ser Humano, à imagem e semelhança do Criador,pois foi o Homem (Raça Humana) criado para ser Co-Criador junto com O Eterno, e compreendendo seu papel no Universo, saberá dar a devida honra à quem criou todas as coisas. E assim, negando coisas aparentemente insignificantes, negamos, por consequência disso, coisas grandes, e finalmente negamos que D-s é D-s, que Ele é O Criador, e que nós somos mais que criaturas, mas somos participantes da divina função de criar. Então, negando a autoria de nossas criações, negam ao Próprio D-s, e negam nossa importância diante D'Ele, tornando-nos indignos e medíocres, relegando-nos à miserável condição de nada, de ninguém, de coisa nenhuma.
Passamos ao largo de quão importantes somos, porque, contrário a isso, nos ensinaram a negar-nos essa condição. Fomos doutrinados ao longo de séculos a suprimirmos nossos valores, legando, ora à D-s, que deve suprir todas as coisas, e esperarmos apenas pela fé que as coisas aconteçam, e de outro, deixar de acreditar que tudo depende de nossas forças, e portanto não há D-s a regulamentar nosso proceder.Porém, no momento em que encontramos o equilíbrio entre a humildade, a gratidão, o reconhecimento, e e a determinação de caminhar com as pernas que nos foram dadas, trabalhar com nossas mãos, ainda que calejadas, e pensarmos com amente limpa pela ética, começamos a compreender que não estamos sozinhos, nem no mundo visível, nem no mundo espiritual, e compreendemos que nossas ações refletem em um e outro mundos, assim como são também o reflexo de qual mundo escolhemos para determinar nossos pensamentos, e são estes pensamentos quem fazem a diferença no simples ato de reconhecer que as outras pessoas também podem ter ideias que nos sejam benéficas, e que louvar uma boa ideia e seu autor, é praticamente uma oração, pois ninguém chega ao coração de D-s sem passar por um portal chamado "Ser Humano".
Assim, negar a autoria de uma boa ideia, ou ainda atribuí-la a si próprio, é assentar-se à primeira fila da sala de aula do Satã.
Contato para palestras: (48) 999 61 1546
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