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Foto: internet
Se eu tivesse três ou mais nomes, o meu segundo nome seria "Debochado". Eu debocho de quase tudo, bastante vezes por dia. Debocho da minha barriga, do meu nariz, da minha barba, do jeito engraçado que eu falo, enfim, não dou trégua pros meus defeitos, aos quais, oferecendo a possibilidade de que eu possa rir de mim mesmo, tornam-se virtudes. A virtude de me deixar escorregar com mais suavidade pelos escarpados rochedos que a vida põe na minha jornada.
O detalhe aqui, se perceberam, e sei que perceberam, é que eu debocho de quem pode oferecer defesa: eu mesmo! Debocho das coisas que me divertem em mim, e esse é o tipo de egocentrismo que me faz bem, o único, talvez, mas faz bem. Dá leveza ao dia. Dá leveza à vida. No entanto, não é deste deboche que quero falar e sim daquele deboche gratuito que fazemos daquilo que determinamos como imperfeições alheias: A barriga, o nariz, a curvatura da coluna, o modo de falar, o tropeçar no vernáculo, e tantos outros atributos que não se encaixam nos parâmetros da beleza helenística (aquela que desenha Jesus com cabelos dourados e olhos azuis, elevando estas características à divindade e padrão de beleza), ou os critérios fonéticos de um Cid Moreira ou Íris Lettieri, quando zombamos da gagueira, da fonética fanha, dos erros gramaticais de outras pessoas, não nos dando conta que, com discretas exceções, não temos o conhecimento de um Aurélio ou de um Houaiss, e também nós atropelamos constantemente, continuamente, as boas práticas vernaculares do léxico que escondemos durante o curso Fundamental. Assim, constantemente rimos e compartilhamos imagens de infelizes bêbados, de aparência bizarra, ao nosso juízo, de simplicidade ingênua e pueril, de matutos filmados e compartilhados como troféus de esquisitices circenses, e o fazemos, com a mesma ânsia que faziam os donos de circos de horrores, quando exibiam, em troca de moedas, mulheres barbudas, anõs, pigmeus, e negros, em currais, na Inglaterra Vitoriana, para que pessoas ditas "normais", pudessem deles zombar e agradecer aos céus por não terem nascido daquele jeito.
O livro de Gênesis (Bereshit) diz assim: "Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (Gênesis 1:27). Ora, se D-s criou o Homem, o Ser Humano, à Sua Imagem, devo entender então, que pelos meus padrões estéticos, apenas aqueles indivíduos que passam pelo crivo matemático de Fibonacci, da chamada "Divina Proporção", é quem se mantém dentro das benesses estéticas divinas, e que os demais tornam-se refugos Teológicos, sujeitos à bondade eventual de um olhar piedoso de quem foi caracterizado, pelos padrões humanos, como belo, perfeito, e desejável? Ou devo examinar melhor a semântica da condição do Homem, criado à Imagem e semelhança de D-s, como um amontoado de barro, amorfo e isento de alma, em nada diferente de um barranco, ou de um pântano, onde nada representa enquanto identidade e forma de vida, e que unicamente após ter recebido o sopro de Vida do Altíssimo, é que pode olhar para um lado e outro, e dizer: "Penso, Logo existo!" Ora, então, quem somos nós que existimos e pensamos, se pensamos que somos melhores que aqueles, cujos traços fisionômicos jamais protagonizariam um reclame (comercial) de perfume, mas seriam figurantes em campanhas de fraternidade ou de políticos que mostram a miséria como pano de fundo de suas campanhas?
Tomo muito cuidado, em minhas críticas, em usar o deboche, direcionado apenas às atitudes éticas (ou pela falta destas), de quem esteja em evidência política, religiosa ou social, mas jamais deixar que meus dedos deslizem sobre as teclas e diminuam a importância do Ser Humano, enquanto "a menina dos olhos" do Criador, pois estaria eu, se assim o fizesse (e muitas vezes o fiz, óbvio que arrependido sou) zombando de D-s, debochando Do Eterno, caricaturando o Altíssimo, e de D-s não se zomba. Quando se humilha o fraco na sua fraqueza, e exalta o forte naquilo que considera a sua força, estamos zombando de D-s, cuja força supera qualquer outra força do Universo. Diz Paulo de Tarso: (Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.
Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei do Messias.
Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.
Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga.
O que está sendo instruído no conhecimento, partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.
Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.
Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.Gálatas 6:1-10).
Foto: internet
Se eu tivesse três ou mais nomes, o meu segundo nome seria "Debochado". Eu debocho de quase tudo, bastante vezes por dia. Debocho da minha barriga, do meu nariz, da minha barba, do jeito engraçado que eu falo, enfim, não dou trégua pros meus defeitos, aos quais, oferecendo a possibilidade de que eu possa rir de mim mesmo, tornam-se virtudes. A virtude de me deixar escorregar com mais suavidade pelos escarpados rochedos que a vida põe na minha jornada.
O detalhe aqui, se perceberam, e sei que perceberam, é que eu debocho de quem pode oferecer defesa: eu mesmo! Debocho das coisas que me divertem em mim, e esse é o tipo de egocentrismo que me faz bem, o único, talvez, mas faz bem. Dá leveza ao dia. Dá leveza à vida. No entanto, não é deste deboche que quero falar e sim daquele deboche gratuito que fazemos daquilo que determinamos como imperfeições alheias: A barriga, o nariz, a curvatura da coluna, o modo de falar, o tropeçar no vernáculo, e tantos outros atributos que não se encaixam nos parâmetros da beleza helenística (aquela que desenha Jesus com cabelos dourados e olhos azuis, elevando estas características à divindade e padrão de beleza), ou os critérios fonéticos de um Cid Moreira ou Íris Lettieri, quando zombamos da gagueira, da fonética fanha, dos erros gramaticais de outras pessoas, não nos dando conta que, com discretas exceções, não temos o conhecimento de um Aurélio ou de um Houaiss, e também nós atropelamos constantemente, continuamente, as boas práticas vernaculares do léxico que escondemos durante o curso Fundamental. Assim, constantemente rimos e compartilhamos imagens de infelizes bêbados, de aparência bizarra, ao nosso juízo, de simplicidade ingênua e pueril, de matutos filmados e compartilhados como troféus de esquisitices circenses, e o fazemos, com a mesma ânsia que faziam os donos de circos de horrores, quando exibiam, em troca de moedas, mulheres barbudas, anõs, pigmeus, e negros, em currais, na Inglaterra Vitoriana, para que pessoas ditas "normais", pudessem deles zombar e agradecer aos céus por não terem nascido daquele jeito.
O livro de Gênesis (Bereshit) diz assim: "Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (Gênesis 1:27). Ora, se D-s criou o Homem, o Ser Humano, à Sua Imagem, devo entender então, que pelos meus padrões estéticos, apenas aqueles indivíduos que passam pelo crivo matemático de Fibonacci, da chamada "Divina Proporção", é quem se mantém dentro das benesses estéticas divinas, e que os demais tornam-se refugos Teológicos, sujeitos à bondade eventual de um olhar piedoso de quem foi caracterizado, pelos padrões humanos, como belo, perfeito, e desejável? Ou devo examinar melhor a semântica da condição do Homem, criado à Imagem e semelhança de D-s, como um amontoado de barro, amorfo e isento de alma, em nada diferente de um barranco, ou de um pântano, onde nada representa enquanto identidade e forma de vida, e que unicamente após ter recebido o sopro de Vida do Altíssimo, é que pode olhar para um lado e outro, e dizer: "Penso, Logo existo!" Ora, então, quem somos nós que existimos e pensamos, se pensamos que somos melhores que aqueles, cujos traços fisionômicos jamais protagonizariam um reclame (comercial) de perfume, mas seriam figurantes em campanhas de fraternidade ou de políticos que mostram a miséria como pano de fundo de suas campanhas?
Tomo muito cuidado, em minhas críticas, em usar o deboche, direcionado apenas às atitudes éticas (ou pela falta destas), de quem esteja em evidência política, religiosa ou social, mas jamais deixar que meus dedos deslizem sobre as teclas e diminuam a importância do Ser Humano, enquanto "a menina dos olhos" do Criador, pois estaria eu, se assim o fizesse (e muitas vezes o fiz, óbvio que arrependido sou) zombando de D-s, debochando Do Eterno, caricaturando o Altíssimo, e de D-s não se zomba. Quando se humilha o fraco na sua fraqueza, e exalta o forte naquilo que considera a sua força, estamos zombando de D-s, cuja força supera qualquer outra força do Universo. Diz Paulo de Tarso: (Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.
Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei do Messias.
Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.
Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga.
O que está sendo instruído no conhecimento, partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.
Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.
Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.Gálatas 6:1-10).
Acho que era isso por hoje.
Shalom!
Shalom!
Contato para palestras: (48) 999 61 1546
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