A Beth B’Nei Tsion (Casa dos Filhos de
Sião) de Florianópolis recebeu, na sexta-feira, 19 de dezembro, sua tão
desejada Sêfer Torá, onde era aguardada desde metade do ano, quando a
congregação, com apoio de amigos e simpatizantes do encontro entre as culturas
judaica e adventista, levantou suficientes fundos para aquisição de seu bem
material mais precioso. O Livro Sagrado
foi adquirido diretamente de um especialista em documentos antigos em
Jerusalém, com o honroso apoio e intermediação do Rabino Guershon Kwasniesvski,
amigo dos Adventistas, e Diretor da
SIBRA. Também foi de fundamental importância o apoio logístico e financeiro da
Associação Catarinense, da União Sul Brasileira , da Divisão Sul-americana e da
Associação Geral, neste processo de aquisição. Toda a negociação, que durou cerca
de 18 meses, foi acompanhada pelas lideranças, além das lideranças locais da
BBTS.
A Sêfer Torá é uma cópia fiel, à mão,
validada (Kosher) do mesmo conjunto de Livros Sagrados escritos por Moisés no
Monte Sinai. É feito de pergaminho kosher (couro de cordeiro dizimado), por um
Sôfer (escriba), com pena de ganso e tinta especial. A presença da Torá
(Pentateuco) representa a Unidade do povo judeu ao longo de milhares de anos.
Trata-se do mais antigo testemunho dos textos sagrados, transmitidos com
fidelidade e dedicação, e com isso salvaguardando a memória da palavra Do
Eterno (Bendito Seja).
A chegada de uma Torá em uma comunidade
judaica é motivo de comemoração pela “Alegria da Torá” (Simchá Torá), e neste
dia a comemoração teve três motivos: A chegada da Torá; o Cabalat Shabat
(recepção do Shabat) e a festa de Hanucá (Festa das luzes), que celebra a
vitória dos Macabeus contra os invasores Gregos no período Hasmoneano, e o
milagre do óleo que foi destruído (para uso na Menorá) e milagrosamente o óleo
para apenas um dia de uso, durou por oito dias. Desta forma, comemora-se este
milagre como recordação que em tempo algum O Eterno tenha esquecido Seu povo,
mesmo nas adversidades.
O uso da vela nas cerimônias judaicas
simboliza a luz (alegria), e O Espírito do Eterno, que Se move continuamente,
simbolizando a vida. A tradição remonta ao Tabernáculo, onde sete candeeiros
(Menorá) queimavam óleo dia e noite, simbolizando a Eternidade do Altíssimo.
Cabe à mulher fazer o acendimento das mesmas, porque é ela a responsável por
levar a luz da torá aos filhos até que O Messias estabeleça seu Reino, onde Ele
será a Luz do mundo.
A Beth B’Nei Tsion é um ponto de
referência judaica aos Adventistas que ascendência judaica, de judeus
assimilados, e também de simpatizantes que tem amor ao judaísmo e ao povo
judeu, e que tem na forma de culto judaico sua afirmação religiosa e
espiritual, traduzindo deste modo sua afirmação no Messias e em Seu plano da
redenção para os que tem o espírito de
profecia, guardam os Mandamentos de Deus e têm a Fé no Messias.
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