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ANOUSSITAS


UMA BREVE HISTORIA DOS ANOUSSITAS


                                   
UMA BREVE HISTORIA DOS ANOUSSITAS

                                              RETIRADO DA REVISTA JUDAICA

Uma parte da sociedade brasileira, incluindo parte da comunidade judaica, desconhece tudo - ou quase tudo - sobre os marranos.(bene anoussim) A outra parte tem conhecimentos superficiais, não muito precisos historicamente. É comum, por exemplo, ouvir essas pessoas comentando que marranos eram os judeus portugueses que mudaram seus nomes hebraicos para portugueses, geralmente de plantas e animais.
Embora isso de fato tenha ocorrido como evidenciam alguns Oliveira, Pereira, Carneiro e Lobo, não só nomes identificados com a fauna e a flora foram usados por aqueles judeus. O universo de nomes portugueses adotados pelos marranos engloba praticamente todos os nomes próprios usados pelos lusitanos, conforme constatamos em Raízes Judaicas no Brasil, de Flávio Mendes Carvalho(1). Aos interessados no assunto recomendo meu livro Os Marranos e a Diáspora Sefardita(2).

Outro erro freqüente entre os que têm noções sobre os marranos é relacionar a designação com "porcos" da língua espanhola. De fato, a tradução literal é coincidente, mas o termo "marrano" é muito mais transcendente, segundo explicações de especialistas como David Gonzalo Maeso ("A respeito da etimologia do vocábulo marrano", em Os Marranos, coletânea organizada por Nachman Falbel e Jacó Guinsburg) e Elias Lipiner (Santa Inquisição: Terror e Linguagem). Com base nestes estudos, semanticamente é mais correto e espiritualmente mais justo, entender o termo marrano como a junção das palavras hebraicas mar (amargo) e anussim (forçados). Isto é: os forçados amargamente a deixar o judaísmo.
Nesse ponto, o da religiosidade, há ainda aqueles que dizem que os marranos traíram o judaísmo para usufruir a vantagem de uma cômoda conversão ao catolicismo. Qual a vantagem, pergunto? A aparente vantagem era enganosa, e aqueles judeus sabiam e sentiam na pele que ao aceitar a religião imposta, aceitavam também ser julgados como hereges cristãos ao praticar ritos judaicos clandestinamente. Então, uns poucos privilegiados (e mesmo assim necessitando de muita sorte) conseguiam sair de Portugal rumo à Holanda, Turquia, Marrocos, Brasil. Outros realmente optavam por morrer queimados gritando o Shemá Israel!(3) E não foram poucos.
Os inquisidores, percebendo que a armadilha da conversão não atraía o número esperado de judeus que seriam logo acusados e condenados sumariamente, enquanto seus bens iam para a Igreja, trataram de fazer a Inquisição funcionar a pleno vapor. A metáfora lembra de perto os campos de extermínio nazistas. Entrava em cena a "Fábrica de judeus", expressão criada pelo dominicano e deputado da Inquisição, Domingos de São Tomás (1640-1670).
Com isso, desde o final do século 15, milhares de judeus foram oficialmente tornados cristãos em Portugal, por decreto. Nessa situação, não havia a opção nem de sair do país, nem de morrer na fogueira. Muitos se suicidaram! não concordamos com um suicídio coletivo. Nem a Torá concorda! Quando Moshe Maimon respondeu aos judeus iemenitas no século 12, recomendou que aceitassem o Islão em vez do suicídio coletivo. Em sua sabedoria, Maimon intuía que a história faria justiça aos descendentes daqueles judeus do Iêmen que foram obrigados a deixar sua fé mosaica. A história também faria justiça aos marranos.
Quem acha que os marranos traíram o judaísmo por conveniência, comete duplo erro: histórico e moral. Os marranos não tiveram opção. Nem o suicídio era opção. Torturados física e psicologicamente, mães assistiam, inertes, a seus filhos serem raptados pela Igreja para serem criados em lares católicos, enquanto outras crianças judias eram abandonadas na ilha africana de São Tomé para serem devoradas pelos animais. Pergunto de novo: Qual a vantagem do judeu se tornar cristão nessa sociedade?
Por último, o grande erro de muita gente é dizer que a Inquisição aconteceu "Há tanto tempo" que nenhum descendente daqueles judeus poderia reivindicar seu direito de pertencer ao povo de Israel hoje. A história tem seu curso natural e não se apavora com 500 anos. Os marranos brasileiros da atualidade que, por convicção própria, desejam retornar ao judaísmo devem ser acolhidos de braços abertos pela comunidade organizada.
A bem da verdade, as conversões forçadas em Portugal e Espanha se intensificaram há 500 anos. A Inquisição só parou de perseguir os judeus nas primeiras décadas do século passado. Visto assim, a história é bem mais recente.
O trabalho por nós desenvolvido, no sentido de recuperar a herança judaico-marrana no Brasil, tem encontrado muita receptividade em pessoas apaixonadas pelo judaísmo, pelo Estado de Israel, pela cultura judaica, e que desejam sinceramente fazer o caminho de volta, teshuvá. Felizmente, a receptividade por parte de rabinos, intelectuais e lideranças comunitárias judaicas tem sido muito favorável para receber e integrar comunitariamente também esses Filhos da Aliança. Notas:


1) Ed. Nova Arcádia, São Paulo, 1992.
2) Ed. Capital Sefarad, São Paulo, 1995.
3) "Ouve ó Israel!", uma das principais orações da liturgia judaica, que reafirma a unicidade de Deus.
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                                                     MAIS      DADOS HISTORICOS

Sobrenomes Sefarditas: Uma Cripto-Comunidade Judaica Na Europa, e no brasil colonial

1 – INTRODUÇÃO
Os Sefarditas (do hebraico Sefardim, no singular Sefardi) são todos os Judeus provenientes da Península Ibérica (Sefarad). Tais Povos por muitos séculos foram perseguidos durante o período da Inquisição Católica. E por este motivo, fugiram para países como Holanda e Reino Unido; além dos países do Norte da África e da América como: Brasil, Argentina, México e EUA; e desse modo, tiveram que seguir suas tradições secretamente ou até mesmo abrir mãos das Tradições do Judaísmo, tudo em busca da sobrevivência. Sendo que alguns ainda tiveram que se converter forçadamente ao Cristianismo Católico.   
2 – CONTEXTO HISTÓRICO
Ao longo da História o Judaísmo sofreu inúmeras perseguições por parte de seus opositores, dos tais destacam-se os Romanos, Católicos e Nazistas. Nestas condições, muitos Judeus perderam suas identidades culturais, e assim, várias gerações surgiram sem o contato explicito com as Tradições do Judaísmo.
De fato, tudo isso iniciou com a segunda Diáspora, onde o General Tito, filho do Imperador Vespasiano, sufocou a primeira rebelião no ano de 70 d.C. (tendo ela sido iniciada em 66 d.C.), o que culminou na destruição do Templo e na morte de quase 1 milhão de Judeus. Sendo que a Diáspora só se concretizou após a segunda revolta dos Judeus, iniciada em 132 d.C. e dissolvida pelo Imperador romano Adriano em 135 d.C. E assim, proibidos de entrarem em Jerusalém e sendo eles expulsos da Palestina (região da Judéia), os Judeus se espalharam pelo Mundo.
Aos poucos a Europa foi sendo habitada por Judeus refugiados da ira romana, principalmente na região da Península Ibérica. Tempos depois, os Judeus novamente passaram a ser vítimas de perseguições, desta vez, promovidas pela Igreja Católica Apostólica Romana; que instaurou a fogueira da Inquisição. Assim, um dos crimes alegados pela Igreja, era o “crime de Judaísmo”. Em que o indivíduo era proibido de exercer sua judaicidade.
Neste caso, a partir da feroz Inquisição espanhola de 1478 até 1834, em que Judeus e inúmeros outros indivíduos, foram julgados por possíveis atos contra os preceitos da Igreja. Sendo que os Judeus foram expulsos da Espanha no ano de 1492.
Perseguidos e desamparados, os Judeus espanhóis tiveram que se refugiar em Portugal. Estando lá, foram feitos escravos, embora conquistassem a liberdade em 1495, beneficiados com a Lei promulgada por D. Manoel ao subir ao trono. Mas em 1496, assinou um acordo que expulsaria todos os Judeus Sefarditas (ou Marranos) que não se sujeitassem ao batismo Católico. Sendo que no ano seguinte, as crianças Judias de até 14 anos foram obrigadas a se batizarem e em seguida adotadas por famílias Católicas.
Com a descoberta das terras brasileiras em 1500, pela a esquadra de Cabral, a sorte de muitos Judeus mudaria. Pois em 1503, o Judeu Fernando de Noronha com uma considerável lista de Judeus, apresenta o projeto de Colonização a D. Manoel. Porém, o Povo Judeu ainda passaria por mais um triste episódio, quando em 1506, milhares de Judeus foram mortos e queimados pelo Progon da capital portuguesa. Além de tais Judeus (Cristãos Novos) terem presenciado o contraditório D. Manoel estabelecer a lei que dava os liberdade e os mesmos direitos dos Católicos, em 01 de março de 1507. O mesmo D. Manoel que em 1515 solicita ao papa um sistema de Inquisição semelho semelnatede Inquisiçita ao papaqueimados triste ep por famSefarditas (ou Marranos)ante ao espanhol.
E desse modo, a solução para estes Judeus Marranos, foram a de aderirem ao movimento de Colonização do Brasil, quando em 1516, D. Manoel distribui ferramentas gratuitamente a quem quisesse tentar a vida na Colônia.
Em 1524, D. João III confirma a Lei de D. Manoel (de 1507), que consolida a lei de direitos iguais aos convertidos à força. No ano de 1531, Martin Afonso de Souza (aluno do Judeu Pedro Nunes), recebe de D. João III a autorização de colonizar o Brasil sistematicamente. Em que 1533, o mesmo funda o primeiro engenho no Brasil.
Durante um bom tempo, os Judeus passaram por inúmeras revira-voltas quanto a benefícios, confiscos e até mesmo mortes. Porém, os mesmos gozaram de plena liberdade religiosa durante o domínio holandês de 1637 a 1644 (na gestão de Maurício de Nassau), quando fundaram a primeira sinagoga no Brasil, a Zur Israel. Mas, com a retomada portuguesa em 1654, os Judeus foram de fato expulsos e alguns migraram para outros países.
No período de 1770 a 1824, os Judeus passam por mais uma fase de aceitação; sendo que em 25 de maio de 1773, é estabelecida a abolição dos termos Cristãos Novos (Judeus) e Cristãos Velhos (Católicos), passando todos a terem os mesmos benefícios e sem distinções.
A partir de 1824, o movimento tais Judeus (Sefarditas ou Marranos), passa por um período de “assimilação profunda”, isto é, inicia-se uma fase de parcial esquecimento de suas Tradições, devido a séculos de repressão e pelo contato direto e extensivo com uma cultura etnocêntrica, que mesmo os aceitando perante as leis, tratavam-os com desprezo e repressão. A solução mesmo, partiu do pressuposto do esquecimento e sectarismo, o que permitiu com que várias gerações crescessem sem ter uma real noção de suas legitimas raízes.
Desse modo, estima-se que no Brasil, vivam cerca de um décimo (1/10) ou até mesmo 35 milhões de Judeus Sefarditas, entre eles os Judeus Asquenazitas (provinientes da Europa Central e Oriental).
Assim, segue-se abaixo uma lista com os principais sobrenomes Sefarditas habitantes da Peninsula Ibérica, e no decorrer do continente Americano, a exemplo do Brasil:        
2.1 – Sobrenomes Judaico-Sefarditas oriundos das regiões portuguesas de Alentejo, Beira-Baixa e Trás-os-Montes:
Amorim; Azevedo; Álvares; Avelar; Almeida; Barros; Basto; Belmonte; Bravo; Cáceres; Caetano; Campos; Carneiro; Carvalho; Crespo; Cruz; Dias; Duarte; Elias; Estrela; Ferreira; Franco; Gaiola; Gonçalves; Guerreiro; Henriques; Josué; Leão; Lemos; Lobo; Lombroso; Lopes; Lousada; Macias; Machado; Martins; Mascarenhas; Mattos; Meira; Mello e Canto; Mendes da Costa; Miranda; Montesino; Morão; Moreno; Morões; Mota; Moucada; Negro; Nunes; Oliveira; Ozório; Paiva; Pardo; Pilão; Pina; Pinto; Pessoa; Preto; Pizzarro; Ribeiro; Robles; Rodrigues; Rosa; Salvador; Souza; Torres; Vaz; Viana e Vargas.
2.2 – Sobrenomes de famílias Judaico-Sefarditas na Diáspora para Holanda, Reino Unido e Américas:
Abrantes; Aguilar; Andrade; Brandão; Brito; Bueno; Cardoso; Carvalho; Castro; Costa; Coutinho; Dourado; Fonseca; Furtado; Gomes; Gouveia; Granjo; Henriques; Lara; Marques; Melo e Prado; Mesquita; Mendes; Neto; Nunes; Pereira; Pinheiro; Rodrigues; Rosa; Sarmento; Silva; Soares; Teixeira e Teles.
2.3 – Sobrenomes judaico-Sefarditas na América Latina:
Almeida; Avelar; Bravo; Carvajal; Crespo; Duarte; Ferreira; Franco; Gato; Gonçalves; Guerreiro; Léon; Leão; Lopes; Leiria; Lobo; Lousada; Machorro; Martins; Montesino; Moreno; Mota; Macias; Miranda; Oliveira; Osório; Pardo; Pina; Pinto; Pimentel; Pizzarro; Querido; Rei; Ribeiro; Robles; Salvador; Solva; Torres e Viana.
2.4 – Principais exemplos de Sobrenomes extraídos do Dicionário Sefarad:
A – Abreu; Abrunhosa; Affonseca; Affonso; Aguiar; Ayres; Alam; Alberto; Albuquerque; Alfaro; Almeida; Alonso; Alvade; Alvarado; Alvarenga; Álvares/Alvarez; Alvelos; Alveres; Alves; Alvim; Alvorada; Alvres; Amado; Amaral; Andrada; Andrade; Anta; Antonio; Antunes; Araújo; Arrabaca; Arroyo; Arroja; Aspalhão; Assumção; Athayde; Ávila; Avis; Azeda; Azeitado; Azeredo; Azevedo; B – Bacelar; Balão; Balboa; Balieyro; Baltiero; Bandes; Baptista; Barata; Barbalha; Barboza/Barbosa; Bareda; Barrajas; Barreira; Baretta; Baretto; Barros; Bastos; Bautista; Beirão; Belinque; Belmonte; Bello; Bentes; Bernal; Bernardes; Bezzera; Bicudo; Bispo; Bivar; Boccoro; Boned; Bonsucesso; Borges; Borralho; Botelho; Bragança; Brandão; Bravo; Brites; Brito; Brum; Bueno; Bulhão; C– Cabaço; Cabral; Cabreira; Cáceres; Caetano; Calassa; Caldas; Caldeira; Caldeyrão; Callado; Camacho; Câmara; Camejo; Caminha; Campo; Campos; Candeas; Capote; Cárceres; Cardozo/Cardoso; Carlos; Carneiro; Carranca; Carnide; Carreira; Carrilho; Carrollo; Carvalho; Casado; Casqueiro; Casseres; Castenheda; Castanho; Castelo; Castelo Branco; Castelhano; Castilho; Castro; Cazado; Cazales; Ceya; Céspedes; Chacla; Chacon; Chaves; Chito; Cid; Cobilhos; Coche; Coelho; Collaco; Contreiras; Cordeiro; Corgenaga; Coronel; Correa; Cortez; Corujo; Costa; Coutinho; Couto; Covilha; Crasto; Cruz; Cunha; D – Damas; Daniel; Datto; Delgado; Devet; Diamante; Dias; Diniz; Dionísio; Dique; Doria; Dorta; Dourado; Drago; Duarte; Duraes; E – Eliate; Escobar; Espadilha; Espinhosa; Espinoza; Esteves; Évora; F – Faísca; Falcão; Faria; Farinha; Faro; Farto; Fatexa; Febos; Feijão; Feijó; Fernandes; Ferrão; Ferraz; Ferreira; Ferro; Fialho; Fidalgo; Figueira; Figueiredo; Figueiro; Figueiroa; Flores; Fogaca; Fonseca; Fontes; Forro; Fraga; Fragozo; Franca; Francês; Francisco; Franco; Freire; Freitas; Froes/Frois; Furtado; G – Gabriel; Gago; Galante; Galego; Galeno; Gallo; Galvão; Gama; Gamboa; Gancoso; Ganso; Garcia; Gasto; Gavilao; Gil; Godinho; Godins; Góes; Gomes; Gonçalves; Gouvêa; Gracia; Gradis; Gramacho; Guadalupe; Guedes; Gueybara; Gueiros; Guerra; Guerreiro; Gusmão; Guterres; H – Henriques; Homem; I – Idanha; Iscol; Isidro; J – Jordão; Jorge; Jubim; Julião; L – Lafaia; Lago; Laguna; Lamy; Lara; Lassa; Leal; Leão; Ledesma; Leitão; Leite; Lemos; Lima; Liz; Lobo; Lopes; Loução; Loureiro; Lourenço; Louzada; Lucena; Luiz; Luna; Luzarte; M –Macedo; Machado; Machuca; Madeira; Madureira; Magalhães; Maia; Maioral; Maj; Maldonado; Malheiro; Manem; Manganês; Manhanas; Manoel; Manzona; Marca; Marques; Martins; Mascarenhas; Mattos; Matoso; Medalha; Medeiros; Medina; Melão; Mello; Mendanha; Mendes; Mendonça; Menezes; Mesquita; Mezas; Milão; Miles; Miranda; Moeda; Mogadouro; Mogo; Molina; Monforte; Monguinho; Moniz; Monsanto; Montearroyo; Monteiro; Montes; Montezinhos; Moraes; Morales; Morão; Morato; Moreas; Moreira; Moreno; Motta; Moura; Mouzinho; Munhoz; N – Nabo; Nagera; Navarro; Negrão; Neves; Nicolao; Nobre; Nogueira; Noronha; Novaes; Nunes; O – Oliva; Olivares; Oliveira; Oróbio; P – Pacham/Pachão/Paixão; Pacheco; Paes; Paiva; Palancho; Palhano; Pantoja; Pardo; Paredes; Parra; Páscoa; Passos; Paz; Pedrozo; Pegado; Peinado; Penalvo; Penha; Penso; Penteado; Peralta; Perdigão; Pereira; Peres; Pessoa; Pestana; Picanço; Pilar; Pimentel; Pina; Pineda; Pinhão; Pinheiro; Pinto; Pires; Pisco; Pissarro; Piteyra; Pizarro; Pombeiro; Ponte; Porto; Pouzado; Prado; Preto; Proença; Q – Quadros; Quaresma; Queiroz; Quental; R – Rabelo; Rabocha; Raphael; Ramalho; Ramires; Ramos; Rangel; Raposo; Rasquete; Rebello; Rego; Reis; Rezende; Ribeiro; Rios; Robles; Rocha; Rodriguez; Roldão; Romão; Romeiro; Rosário; Rosa; Rosas; Rozado; Ruivo; Ruiz; S – Sá; Salvador; Samora; Sampaio; Samuda; Sanches; Sandoval; Santarém; Santiago; Santos; Saraiva; Sarilho; Saro; Sarzedas; Seixas; Sena; Semedo; Sequeira; Seralvo; Serpa; Serqueira; Serra; Serrano; Serrão; Serveira; Silva; Silveira; Simão; Simões; Soares; Siqueira; Sodenha; Sodré; Soeyro; Sueyro; Soeiro; Sola; Solis; Sondo; Soutto; Souza; T – Tagarro; Tareu; Tavares; Taveira; Teixeira; Telles; Thomas; Toloza; Torres; Torrones; Tota; Tourinho; Tovar; Trigillos; Trigueiros; Tridade; U – Uchoa; V – Valladolid; Vale; Valle; Valença; Valente; Vareda; Vargas; Vasconcellos; Vasques; Vaz; Veiga; Veyga; Velasco; Vélez; Vellez; Velho; Veloso; Vergueiro; Viana; Vicente; Viegas; Vieyra; Viera; Vigo; Vilhalva; Vilhegas; Vilhena; Villa; Villalao; Villa-Lobos; Villanova; Villar; Villa Real; Villella; Vilela; Vizeu; X – Xavier; Ximinez; Z – Zuriaga.
Desse modo, vemos claramente que os Judeus fazem parte de uma enorme frente de formação da Península Ibérica, Norte da África e América. O que nos coloca em contato direto com um contexto cripto-judaico.
2.5 – Como confirmar a descendência judaica?
Evidentemente que, nem sempre aqui no Brasil, ter o sobrenome judaico lhe dá a condição de Judeu descendente. Pois, havemos de concordar, que o país passou por inúmeros casos concernentes a erros de sobrenomes, no que diz respeito a grandes falhas nos cartórios responsáveis pelo registro de nomes e sobrenomes.
Assim, a melhor opção para quem se identifica com um sobrenome Judeu, é observar os seguintes fatores:
Os casamentos entre familiares (pois era uma forma de manter os bens entre as famílias judias e os pontos de vista em comum);
Tradições de cunho ligado à cultura hebraica em relação ao Cristianismo (considerando que o Cristianismo para esses era seguido por aparências, pois ambos foram convertidos forçadamente à religião Cristã Católica);
E por último, o levantamento histórico-genealógico (para confirmar se houve ou não alterações nos sobrenomes ao longo das gerações).

3 – CONCLUSÃO
Portanto, fica evidente a existência de uma grandiosa cripto-Comunidade Judaica na Península Ibérica (Portugal e Espanha), assim como nos países do continente americano (a exemplo do Brasil) e africano. E com isso, percebemos o quanto à segregação e o etnocentrismo promovem a destruição de princípios, gerando um “câncer” na liberdade individual e conjunta, como também, na tradição religiosa. O que aglutina ainda mais a odiosidade entre as Religiões e os Povos, que se distanciam ainda mais de possíveis e saudáveis diálogos baseados no bom senso.    

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RETIRADO DO WEBSITE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS DESCENDENTES DE JUDEUS DA INQUISIÇÃO. Cronologia histórica da etnia judaica Ibero-Brasileira..

 cadeira de torturas onde nossos antepassados eram torturados por crime de ser judeus.guilhotina mais uma forma de tortura do tribunal da inquisição.



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  5 Adar 5772  - 28 de Fev, 2012 
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QUEM SOMOS

Este é um trabalho que apóia plenamente a causa dos anussim (também conhecidos como "cristãos-novos" ou "marranos"), os judeus forçados da Inquisição. Trabalhamos para dar visibilidade para a existência de judeus e comunidades de judeus, vítimas da Inquisição, e para apoiar na busca por recursos com finalidade de que os anussim que estiverem em condições para retorno de acordo com a halachá, possam fazê-lo. Este site também visa ajudar pessoas com potencial origem judaica a buscarem suas raízes, investigando tradições, pesquisando genealogias e os orientar  de forma geral em todos os assuntos relacionados. Também pretendemos disponibilizar materiais para pesquisadores, ferramentas para genealogia e pesquisas histórias de sobrenomes e famílias, anunciar eventos e mapear comunidades de anussim que mantenham um trabalho sério.


NOSSO POSICIONAMENTO RELIGIOSO
 
O posicionamento religioso deste site é o Judaísmo (em especial o Judaísmo Sefaradi, que é o Judaísmo ao qual os anussim estão historicamente vinculados). Entretanto aceitamos quaisquer CONTRIBUIÇÕES vindas de pessoas qualificadas de qualquer origem (incluindo PESQUISADORES cristãos e messiânicos), assim como estamos abertos para possibilidade de divulgar seus eventos ou trabalhos relacionados com a Inquisição, desde que sejam honestos e isentos de propaganda que tem por finalidade de converter judeus ao Cristianismo ou qualquer outra religião.

Este site não possui qualquer vínculo em qualquer nível com qualquer movimento cristão ou com qualquer instituição Cristã ou ligada ao Cristianismo. Não compartilhamos nada ideologicamente com qualquer segmento cristão, como já deveria ter ficado claro ao declarar nosso posicionamento em relação ao Judaísmo Sefaradi, mas infelizmente é necessária a redundância para evitar problemas com algumas pessoas menos informadas que também trabalham com a causa anussim. Qualquer citação relacionada com o Cristianismo será feita única e exclusivamente em caráter acadêmico e jamais por convicção religiosa.

Quanto aos anussim que estejam no Cristianismo, defendemos o completo desligamento da religião e das ideologias cristãs. Respeito não é consentimento com o que consideramos errado. Não temos nada contra o Cristianismo para não judeus, mas somos totalmente contra o Cristianismo para judeus.

Este site NÃO é Messiânico e NÃO possui vínculo com o Judaísmo Messiânico, mas este site NÃO é Anti-Messiânico (como muitos outros), pois entendemos que nem todos os messiânicos são missionários travestidos de judeus para tentar enganar a comunidade judaica. Entretanto manifestamos repúdio e SOMOS COMPLETAMENTE CONTRA qualquer forma de propaganda missionária e não compactuamos com pessoas anti-éticas que tentem se infiltrar em nosso meio para conduzir judeus para longe do caminho da Torá e do Judaísmo.

 
OUTROS ESCLARECIMENTOS SOBRE JESUS, CRISTIANISMO E JUDAÍSMO

Se os cristãos perseguiram, torturaram e mataram judeus "em nome de Jesus" isso tona Jesus em má pessoa? Eles também fizeram "em nome de Deus" e afirmando categoricamente ser em nome do D'us de Israel. Então D'us também é mau? Seremos ateus então? Como vemos, a lógica não procede.
 
Se tratando da questão dos Anussim, achamos por bem abordar alguns pontos que serão relevantes. Para fins acadêmicos e de retificação, decidimos colocar aqui alguns tópicos relacionados com Jesus de Nazaré e a relação do mesmo com o Cristianismo (relação essa que originalmente nem mesmo existe) e o Judaísmo.

No prefácio do livro “Quando Jesus se tornou Deus”, aparece um diálogo do professor e pesquisador judeu Richard E. Rubenstein (autor do livro) com um padre, onde entre outras coisas, ele acrescenta: “Às vezes me parece que Jesus trouxe apenas confusão para nós. Mas por outro lado certamente é impossível ignorá-lo. Devo dizer que não venero Jesus, sinto muito, Joe, mas acredito que ele tinha sido um homem muito especial! Tenho certeza de que, se seus seguidores não nos tivessem causado tanta confusão, nós o teríamos considerado no mínimo um Tzaddik, um grande sábio. Talvez até mesmo um profeta.”

Foi apenas no final do século I, que os seguidores de Jesus (se é que se pode chamar de seguidores aqueles que viveram 70 anos depois e não conheceram nenhum de seus discípulos e não entenderam seus ensinos) começaram a criar confusão, e no inicio do século II já havia até mesmo anti-semitismo entre eles. No século I os discípulos (judeus) de Jesus eram bem vistos na Comunidade Judaica, sendo sempre referência na prática da Torá e Mitzvot. Entretanto ao fugir na destruição do Templo de 70 EC e ao se recusarem a apoiar Bar-Kochba como Mashiach, começaram a ser vistos com desconfiança pelos outros judeus e, na sequência, por culpa de atitudes da comunidade cristã (que não era formada por discípulos judeus), eles acabaram por ser rejeitados - apesar de serem judeus zelosos da Torá e exemplos no Judaísmo, o que pode ser conferido mesmo em fontes onde os pais da “Igreja” falam mal deles exatamente por esse motivo.

Yeshua (conhecido como Jesus, por causa da latinização feita por cristãos) que foi admirado por grandes nomes entre os judeus como Baruch Spinoza, Albert Einstein e muitos outros, hoje é difamado entre judeus e anussim. Grandes pesquisadores judeus como David Flusser e Shmuel Safrai, que foram destacados professores da Universidade Hebraica de Jerusalém, estão entre os maiores estudiosos do Jesus Histórico e afirmaram categoricamente que Jesus nunca violou a Torá. O problema se resume a fontes equivocadas, documentos adulterados, textos mal traduzidos e a interpretações baseadas em idéias anti-semitas e anti-Torá propagadas pelo Cristianismo. Yeshua não é o violador da Torá conforme é propagado pelo Cristianismo. Yeshua nem mesmo fundou o Cristianismo. Yeshua nasceu em Israel, foi circuncidado ao 8º dia, fez seu Bar-Mitzvá em Jerusalém, freqüentava as Sinagogas e até mesmo ensinava nelas. Yeshua foi um Rabbi judeu de grande destaque, que morreu por conseqüência de sua atitude de denunciar autoridades judaicas de pecados que o Talmud afirma terem sido a causa da destruição de Jerusalém e do Templo. Ele anunciou que isso aconteceria e tentou alertá-los, mas eles em vez de se arrependerem de seus pecados, o mataram.

Os ensinos dele eram contrários ao Judaísmo? Apesar de podermos ouvir um "sim" em alto e bom som de muitos rabinos (que pouco ou nada sabem do assunto além do que é distorcido por cristãos), de outros judeus anti-misisonários (que pouco estudaram em profundidade) ou pessoas ignorantes, o que ouvimos de David Flusser, Shmuel Safrai e muitos outros pesquisadores JUDEUS que realmente entendem do assunto é um enfático "NÃO". Mesmo Rabinos com conhecimentos adequados a respeito tem se manifestado em relação a isso, como é o caso do destacado Rabino Stephen S. Wise Z”L, de New York, que diz abertamente “Seria bom para todos, judeus e gentios, igualmente, seguirem os ensinos de Jesus”. Será que isso seria pronunciado por um Rabino em relação a algo contrário a Torá?

Ao contrário do que se pensa, Jesus não ensinou que ele era D’us (os textos usados são comprovadamente ilegítimos, adulterados ou mal interpretados), não ensinou sobre Trindade (isso foi influência da Filosofia Neoplatônica no Cristianismo), não ensinou nada sobre uma “Igreja” substituindo Israel, não ensinou a abandonar a Torá (ele disse exatamente o contrário). Yeshua ensinou, sim, a pratica sincera da Torá e lutou contra a hipocrisia e o legalismo que sufocava o espírito das Mitzvot (ambos que vemos ainda hoje!) . Tudo isso pode ser confirmado nos autores judeus que citamos e em muitas outras fontes de altíssimo nível acadêmico e de grande respeito. Tudo que se fale contrário a isso é mentira e demonstra profunda falta de conhecimento do assunto.

Hoje é comum atribuir erros e absurdos do Cristianismo a Yeshua, que nada teve a ver como o que os cristãos fizeram com sua imagem. Isso no Judaísmo se chama LASHON HARÁ e é um gravíssimo pecado.

Crer em Jesus é contrário ao Judaísmo? Crer no Rebbe é contrário ao Judaísmo? Os judeus que creram em Bar-Kochba eram contrários? Crer que alguém é o Mashiach não é contrário a halachá, desde que isso não interfira ou desde que interfira positivamente na pratica de Torá e Mitzvot. Portanto, sim, reconhecemos o direito das pessoas de crerem, desde que nos respeitem, não fazendo "evangelização" e nem tentando impor idéias e especulações próprias ou de seu grupo como se fossem Judaísmo.

Se os anti-missionários trabalhassem hoje em mostrar quem realmente foi Jesus de Nazaré, em vez de ficar inventando mentiras, usando documentos adulterados sem retificação como fonte e distorcendo textos, certamente trariam mais judeus de volta ao Judaísmo e pecariam menos com lashon hará.

Assim sendo, manifestamos repúdio a ideologias anti-Jesus, assim como a ideologias anti-éticas que perseguem judeus para converte-los ao Cristianismo. Não somos cristãos (como ja dissemos mais de uma vez) e não apoiamos e nem defendemos o Cristianismo. Jesus também não foi cristão, e sim judeu, como nós! E não ensinou doutrinas cristãs e sim Torá, como nós. Antes de acusar, estudem. Não estudem com sites e materiais sem competência acadêmica, nem em materiais anti-missionários (que são tão distorcidos quanto materiais missionários) e nem com sites cristãos. Estudem com livros de pesquisadores judeus renomados e legítimas autoridades no assunto, como os nomes que citamos. Verão que nosso posicionamento é justo e o que tem sido feito em relação ao Rabbi de Nazaré é absolutamente injusto e equivocado. Tomemos cuidado com a lashon hará!




 




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© Copyright 2002 ARTISTS FOR ISRAEL INTERNATIONAL. All rights reserved. abaddon (destruction) abirei lev (stubborn of heart) ach ahuv (a beloved brother [in Moshiach]) ach'av mashtin b'kir (him that urinates against the wall, i.e. all males) Ach'av (Ahab, King Ahab of Israel) ach (brother) achad asar (Eleven, the Eleven) achai (my brethren) acharei (after) acharim (end-times things) acharit hashanim (future years) acharit hayamim (last days, [Messianic] latter days) acharit shanah (end of the year) acharit yam (the extreme end of the sea) acharit (future, end, last, final outcome, latter end, i.e., future destruction) acharon (afterward, in the future, last) acharonim (last ones) achavah (brotherhood) achayot, akhayot (sisters) Achazyahu (Ahaziah of Judah) achdus (union, unity) achdut of yichudim (unity/ harmony of unifications) achdut (unity) achei Yosef asarah (Yosef's ten brothers) achei Yosef(the brothers of Yosef) acheicha (thy brethren) acheinu (our

Gematria - Tabela

PÁGINA PRINCIPAL                         TOC  para trabalhos em Desenvolvimento Hebrew Gematria por Bill Heidrick Copyright © por Bill Heidrick Instruções:  Para ir para entradas em um valor particular, selecione o link sobre esse valor. Blanks onde os números seriam indicam há entradas ainda para esse número. Um fundo escuro indica que as entradas são apenas referals para palavras e frases usando valores finais em letras. Intro 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162

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Muitos Brasileiros são Descendentes de Judeus Você sabia que muitos Brasileiros são Descendentes de Judeus?   Por Marcelo M. Guimarães    Um povo para ser destacado dentre as nações precisa conhecer sua identidade, buscando profundamente suas raízes. Os povos formadores do tronco racial do Brasil são perfeitamente conhecidos, como: o índio, o negro e o branco, destacando o elemento português, nosso colonizador. Mas, quem foram estes brancos portugueses? Pôr que eles vieram colonizar o Brasil ? Viriam eles atraídos só pelas riquezas e Maravilhas da terra Pau-Brasil ? A grande verdade é que muitos historiadores do Brasil colonial ocultaram uma casta étnica que havia em Portugal denominada por cristãos-novos, ou seja, os Judeus ! Pôr que ?   (responder esta pergunta poderia ser objeto de um outro artigo).  Em 1499, já quase não havia mais judeus em Portugal, pois estes agora tinham uma outra denominação: eram os cristãos-novos. Eles eram proibidos de deixar o país, a fim